Francisco Luis Koch, de 48 anos, empresário e morador de São José (SC), viu a vida mudar em 2012, quando deu início a um projeto pessoal que se tornaria uma grande missão: ser pai por adoção. Naquele ano, ele adotou Cristiano e Cristiny, seus dois primeiros filhos, em um processo planejado e desejado.
Sete anos depois, em 2019, a família cresceu de forma inesperada. Durante uma visita à menina Mayra, Francisco foi informado de que ela tinha dois irmãos biológicos: Andriw e Iago. A decisão de adotá-los não demorou. Segundo ele, foi durante o almoço que decidiu acolher os três, considerando inadmissível que fossem separados.
Francisco relata que, embora soubesse que teria dificuldades financeiras para manter cinco filhos, inclusive com a necessidade de vender alguns bens, entendeu que não havia outra opção. “Eu sabia que seria difícil, mas separar irmãos que já passaram por tanta coisa? Isso eu não poderia fazer”, afirmou.
Ele admite que nunca imaginou criar cinco crianças sozinho. No entanto, a convivência com os filhos lhe mostrou que o mais importante era estar disposto a amar. Para ele, o vínculo afetivo se sobrepõe à idade, à renda ou à estrutura familiar tradicional. “Foi uma experiência transformadora. Eu só precisava estar disposto a amar”, declarou.
Com o apoio de amigos e familiares, Francisco avalia que conseguiu estruturar uma base sólida para os filhos. Hoje, considera que cumpre bem seu papel como pai e se sente realizado com a trajetória que escolheu construir. “A adoção me ensinou mais do que eu poderia imaginar”, concluiu.
Fonte: G1