Uma servidora pública municipal de Guatambu foi presa em flagrante por falso testemunho na tarde desta terça-feira (11). A detenção ocorreu durante a instrução de um procedimento investigatório criminal conduzido pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) para apurar o uso de um atestado médico falso por outra servidora. A investigação busca esclarecer possíveis crimes de falsidade documental, falsidade ideológica e uso de documento falso.
Durante o interrogatório, a servidora investigada negou qualquer irregularidade e afirmou ter sido atendida na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Efapi, em Chapecó, no dia 3 de maio de 2024. No entanto, o médico que assinou o atestado declarou ao Ministério Público que não realizou o atendimento. Ele explicou que apenas preencheu o documento a pedido de um colega da mesma escala de plantão, que era amigo da paciente e teria feito o atendimento.
A servidora alegou que foi levada à UPA por uma amiga, também servidora pública de Guatambu, em um veículo branco. Essa amiga confirmou a versão ao ser ouvida como testemunha. No entanto, diligências apontaram que o carro indicado, que pertence ao irmão da testemunha, não transitou por Chapecó na data e horário mencionados.
Diante da inconsistência, o depoimento da testemunha foi interrompido pelo promotor de Justiça, que determinou sua prisão em flagrante pelo crime de falso testemunho. Ela foi conduzida à Central de Plantão Policial para os procedimentos legais.
“O Ministério Público continuará atuando para garantir a transparência e a correção dos atos administrativos, bem como para responsabilizar aqueles que atentam contra a ordem jurídica”, afirmou o promotor responsável pelo caso.
As investigações seguem para esclarecer os fatos e determinar eventuais responsabilizações.