Santa Catarina, conhecido polo agroindustrial brasileiro, fez história no último mês de agosto ao exportar um volume recorde de carne suína. De acordo com relatórios recentes do Ministério da Economia e análises do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), o estado enviou ao exterior 62,3 mil toneladas do produto, incluindo carne in natura, industrializada e miúdos. Esse montante representa um acréscimo de 15,8% em relação a julho deste ano e um ligeiro aumento de 0,3% comparado ao mesmo mês de 2022.
No âmbito financeiro, as vendas externas catarinenses somaram US$ 146,8 milhões em agosto, um incremento de 10% em relação ao mês anterior. Entretanto, ao se comparar com o mesmo período do ano passado, observa-se uma diminuição de 2,1% nas receitas.
O acumulado de janeiro a agosto de 2023 mostra um cenário otimista: foram exportadas 435,9 mil toneladas, com uma receita total de US$ 1,07 bilhão. Estes números representam crescimentos de 11,0% e 18,7%, respectivamente, comparados ao mesmo intervalo de tempo em 2022.
Alexandre Giehl, especialista em Socioeconomia e Desenvolvimento Rural da Epagri, atribui a ascensão principalmente à diversificação dos mercados compradores. O Chile destacou-se com um aumento expressivo de 74,2% na quantidade e 89,5% nas receitas. As Filipinas, segundo maior importador da carne suína catarinense, ampliaram suas compras em 21,3%, elevando as receitas em 32,3%. O Japão também entrou na lista de países com crescimento significativo, com 40,8% mais produtos adquiridos e um acréscimo de 23,2% nas receitas.
O Observatório Agro Catarinense aponta que o estado foi responsável por mais da metade (56,6%) das receitas totais do Brasil com exportações de carne suína neste ano, reforçando o seu papel estratégico no cenário agroexportador nacional.