Onda de falências e recuperações judiciais atinge empresas de todos os portes

Foram registrados 255 pedidos de falência no primeiro trimestre ante 177 no mesmo período de 2022, um aumento de 44%

Onda de falências e recuperações judiciais atinge empresas de todos os portes

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O número de pedidos de falência e recuperação judicial das empresas brasileiras cresceu no primeiro trimestre deste ano, segundo dados do Indicador de Falências e Recuperação Judicial da Serasa Experian.

Foram registrados 255 pedidos de falência e 289 de recuperação judicial, um aumento de 44% e 37,6%, respectivamente, em comparação com o mesmo período do ano passado.

A onda afeta empresas de todos os portes, mas as micro e pequenas respondem pela maior parte desses pedidos, com 181 solicitações no primeiro trimestre.

Entre os setores, os negócios de serviço foram os que mais puxaram as recuperações judiciais, seguidos pela indústria, comércio e primário. Os juros altos, crédito mais caro, inflação pressionada e consumo fraco estão entre os principais motivos.

A dificuldade financeira reflete-se também nas tradicionais, como Americanas e Marisa, que optaram por pedir recuperação judicial.

Ainda que a curva de crescimento do atraso nos compromissos financeiros das companhias desacelere, é possível que a insolvência das empresas continue crescendo, avalia Luiz Rabi, economista da Serasa Experian.

O endurecimento dos bancos com prazos e taxas pode ainda aumentar esse número.