Ativista do MBL é espancado dentro da UFSC e tem bens roubados

João Bettega registrou B.O. no qual afirma ter recebido socos, pontapés e coronhadas durante ação que buscava pintar paredes que haviam sido pichadas

Ativista do MBL é espancado dentro da UFSC e tem bens roubados

Divulgação / Redes sociais

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Em um incidente preocupante ocorrido na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis, quatro integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL) foram agredidos na tarde de quinta-feira (13). Entre os agredidos, João Bettega foi severamente espancado por quatro indivíduos, chegando a perder a consciência e necessitando de atendimento hospitalar.

De acordo com relatos, o incidente envolveu um total de oito agressores, muitos deles mascarados e armados com objetos contundentes, como pedaços de madeira, e, no caso de um deles, uma faca. Os vândalos levaram consigo dois celulares, um microfone e um par de óculos pertencentes aos membros do MBL.

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Os membros do MBL estavam na UFSC como parte de um projeto de denúncia de vandalismo em universidades públicas. Eles haviam ido à universidade para pintar uma área do Centro de Convivência que estava coberta por pichações de cunho político de esquerda. Entretanto, após a saída do grupo, o local foi novamente pichado, agora com mensagens explicitamente contra o MBL, algumas das quais vinculavam o movimento ao nazismo.

"Ao retornarem para refazer a pintura, eles foram surpreendidos por uma emboscada. Foi uma agressão extremamente violenta, uma afronta política dentro de um campus universitário. No caso do Bettega, tratou-se de uma tentativa de homicídio", denunciou Israel Russo, assessor de imprensa do MBL.

Cinco dos agressores foram identificados e, segundo Russo, "enfrentarão as consequências. Eles não ficarão impunes". Este incidente marca um agravamento na tensão política em universidades, que até então estava restrita à esfera do debate e do ativismo pacífico.

Este projeto do MBL teve início na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde membros do movimento repintaram o Departamento de Filosofia, que também estava coberto por pichações políticas. Nesta ocasião, não houve relato de agressões.

Apesar do incidente na UFSC, Russo assegura que o projeto continuará: "A ideia é percorrer do Sul ao Norte, visitando várias universidades federais. Pretendemos, inclusive, retornar à UFSC". Essas ações do MBL visam denunciar o que consideram vandalismo perpetrado por ativistas de esquerda em instituições públicas de ensino.