Homem é condenado a 5 anos de prisão por “fake news” contra Alexandre de Moraes

Em publicação nas redes sociais, o homem acusou o ministro do STF de receber propina

Homem é condenado a 5 anos de prisão por “fake news” contra Alexandre de Moraes

Divulgação / Redes sociais

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Alexandre Cezar Zibenberg, advogado e blogueiro conhecido por suas posições bolsonaristas, foi condenado a cinco anos de prisão por distribuir notícias falsas contra o Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão foi tomada pelo juiz Rudi Baldi Loewenkron, da 34ª Vara Criminal do Rio de Janeiro.

A condenação se originou de uma postagem feita por Zibenberg em junho de 2020 no Instagram, onde acusou Alexandre de Moraes de receber propina do "Cartel de Trens", citando um suposto ex-diretor da Siemens. Além da pena de prisão, o advogado foi condenado ao pagamento de R$ 50 mil por danos morais. A decisão veio da 2ª câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ/SP).

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Vaquinha' para Custas Judiciais

Após a primeira condenação, Zibenberg organizou uma “vaquinha” nas redes sociais para arcar com o pagamento da dívida. Ele chegou a fazer um vídeo em seu canal, apresentando sua visão do caso e criticando o ministro.

O Ministério Público de São Paulo chegou a abrir um inquérito sobre o caso. No entanto, considerou que a denúncia deveria ser feita pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e tramitar na Justiça fluminense, já que Zibenberg reside na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.

Na sentença, o juiz Loewenkron destacou que “o réu apresenta conduta social questionável, não sendo esta a primeira vez que vê seu nome envolvido na prática de ações desviantes”.

Durante o processo, Zibenberg, que já foi assessor parlamentar da deputada estadual Alana Passos e atualmente trabalha com o deputado federal Luiz Lima, declarou que se arrependeu de sua postagem e “queria ter a oportunidade de pedir desculpas ao ministro Alexandre de Moraes”.

Além da pena de cinco anos de prisão, em regime semiaberto, Zibenberg foi condenado a pagar 117 dias-multa, calculados com base em 1/10 do salário-mínimo nacional. Ele pode recorrer da sentença em liberdade.