Ilustrativa
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A consultoria global de soluções em talentos, Robert Half, lançou a 23ª edição do Índice de Confiança Robert Half (ICRH), um estudo trimestral que acompanha o sentimento dos profissionais qualificados em relação ao mercado de trabalho e à economia. Na primeira edição de 2023, o indicador consolidado para a situação atual apontou pessimismo, caindo de 41,7 pontos para 35,7 e registrando uma taxa semelhante ao primeiro trimestre de 2022. Embora a pesquisa revele estabilidade na confiança para o futuro próximo, ainda há um viés pessimista.
O ICRH abrange três categorias: profissionais empregados, profissionais desempregados e recrutadores. A análise do contexto atual piorou em todas as categorias. No entanto, em uma projeção dos próximos seis meses, recrutadores e profissionais empregados apresentaram redução no pessimismo, enquanto os desempregados perderam confiança pelo segundo trimestre consecutivo.
A pesquisa também revelou que, ao analisar a situação econômica atual, 61% dos recrutadores consideram que ela é ruim e 38% não acreditam em mudanças no futuro próximo. No entanto, 25% esperam uma melhora nos próximos seis meses.
Os principais motivos para a insegurança dos recrutadores são a imprevisibilidade econômica, projetos parados, salários pouco competitivos, baixa previsão de abertura de novas vagas e o receio de perder profissionais-chave para outras empresas. Por outro lado, aqueles que são mais otimistas citam a expectativa de estabilidade econômica, queda nas taxas de desemprego, confiança no preenchimento de posições em aberto, expectativa de abertura de novas vagas e desengavetamento de projetos.
De acordo com resultados da PNAD, a taxa de desemprego dos profissionais qualificados da região Sul foi de apenas 1,9% no quarto trimestre de 2022. O indicador nacional atingiu 3,9% neste mesmo período. Ambas as taxas são as mais baixas desde 2015 e se aproximam do que economistas chamam de pleno emprego. Isso significa que a oferta de candidatos aderentes e disponíveis no mercado é extremamente limitada, já que grande parte dos bons talentos está empregada e são cada vez mais disputados.
O estudo também apontou que 76% dos recrutadores enfrentam dificuldades para contratar profissionais qualificados, e 69% acreditam que o cenário não deve mudar nos próximos seis meses, enquanto 20% acreditam que será ainda mais desafiador. Apesar disso, 18% das empresas projetam que a intenção de contratar será mais alta nos próximos meses do que atualmente, enquanto 16% manifestam que a intenção já é alta.