“Quem age contra nós” é criminoso e traidor, diz Ministro Padilha

Ministro afirma que influencers estão impulsionando notícias falsas

“Quem age contra nós” é criminoso e traidor, diz Ministro Padilha

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O Ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Paulo Pimenta, solicitou nesta terça-feira (7) a abertura de uma investigação sobre influenciadores digitais e contas de redes sociais que estão disseminando informações falsas acerca dos esforços de resgate e recuperação em decorrência das enchentes no Rio Grande do Sul. Em um ofício dirigido ao Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, Pimenta detalhou que essas "narrativas desinformativas e criminosas" estão prejudicando a percepção pública sobre a resposta do governo à crise.

Paulo Pimenta destacou em seu comunicado que as falsas alegações incluem afirmações de que a Força Aérea Brasileira (FAB) e o Exército, juntamente com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), estariam sendo ineficazes ou até impedindo a ajuda. "Essas narrativas minam a confiança das instituições essenciais para as operações de emergência, podendo comprometer a eficácia dos resgates", explicou o ministro.

Além disso, o documento enviado a Lewandowski aponta especificamente para um vídeo de Pablo Marçal e postagens de figuras políticas como o senador Cleitinho Azevedo e o deputado federal Eduardo Bolsonaro, entre outros, acusados de espalhar falsidades sobre a situação no estado. Essas informações já foram oficialmente desmentidas pelos órgãos competentes.

Em uma entrevista coletiva no Palácio do Planalto, o Ministro Pimenta expressou indignação com o impacto dessas notícias falsas no trabalho dos socorristas. "É um absurdo que enquanto nossos trabalhadores se esforçam incansavelmente para salvar vidas, existam pessoas comprometidas em distorcer a realidade para fins políticos", disse ele, referindo-se aos disseminadores de desinformação como "traidores".

Além das questões de desinformação, Pimenta também abordou a segurança nos abrigos, relatando problemas com saques e outros crimes. Como resposta, o governo federal planeja enviar reforços da Força Nacional de Segurança para apoiar o policiamento local, atendendo a pedidos dos prefeitos da região metropolitana de Porto Alegre.

Quase 50 mil pessoas estão atualmente alojadas em abrigos em todo o estado, enfrentando desafios como a falta de água para higiene pessoal e a necessidade de fornecer cerca de 150 mil refeições diárias. O ministro enfatizou que o apoio aos desabrigados é uma prioridade e que as operações de auxílio continuarão por tempo indeterminado. Ele mencionou ainda que o nível do Rio Guaíba, que está atualmente em 5,26 metros, pode levar meses para retornar a uma cota segura, citando comparações com enchentes históricas.