AGORA: Milhares de venezuelanos protestam em Santa Catarina

Comunidade venezuelana em Chapecó, Florianópolis, Blumenau e outras cidades catarinenses se mobiliza para apoiar a candidatura de Edmundo Gonçales e clamar por mudanças políticas na Venezuela, em meio às eleições presidenciais no país

AGORA: Milhares de venezuelanos protestam em Santa Catarina

Divulgação

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Na tarde deste domingo (28), a Praça Coronel Bertaso em Chapecó, Santa Catarina, se transformou em um vibrante centro de expressão política. Sob uma leve chuva, cerca de mil venezuelanos se reuniram para manifestar seu apoio à candidatura de Edmundo Gonçales à presidência da Venezuela. As eleições venezuelanas estão ocorrendo hoje, e a mobilização em Chapecó é a maior já realizada pela comunidade venezuelana na região.

Imigrantes e refugiados de Chapecó e cidades vizinhas se uniram, criando uma atmosfera de esperança e determinação. Dezenas de carros decorados com as cores da bandeira venezuelana – amarelo, vermelho e azul – circularam pela praça, exibindo mensagens clamando por uma "Venezuela livre".


Os manifestantes expressaram um desejo profundo de mudança, vendo Gonçales como uma alternativa capaz de trazer um possível retorno ao país natal. Entre discursos emocionados e declamações de versículos bíblicos, o sentimento de fé e esperança permeava o ambiente.

A manifestação em Chapecó foi apenas uma das várias mobilizações ocorrendo em diferentes cidades catarinenses. Em Florianópolis, por exemplo, milhares de venezuelanos também tomaram as ruas, pedindo a retirada de Nicolás Maduro do poder. A Ponte Hercílio Luz se viu inundada por um mar de gente clamando por liberdade e mudanças políticas.

Na cidade de Blumenau, um grupo de venezuelanos se reuniu em frente à prefeitura, protestando contra a tirania de Maduro e desejando um futuro onde possam retornar ao seu país em liberdade. Essa manifestação foi um grito de alerta para que os brasileiros aprendam com a luta dos irmãos venezuelanos contra o comunismo. 


As pesquisas de intenção de voto, realizadas por institutos independentes como Datincorp, Delphos e Meganálisis, indicam uma vantagem significativa de Edmundo Gonçales sobre Nicolás Maduro. Gonçales aparece com 60% das intenções de voto, contra 25% de Maduro, o que pode representar uma derrota histórica para o chavismo.

Maduro, em seus últimos dias de campanha, recorreu aos slogans clássicos do chavismo e prometeu uma "mão de ferro" contra opositores que não aceitarem os resultados das urnas. Em Caracas, ele falou em democracia e prometeu paz, mas suas ações, como a deportação de observadores internacionais, levantaram suspeitas sobre suas verdadeiras intenções.

A oposição, liderada por María Corina Machado, acusou Maduro de desrespeitar o processo democrático, apontando perseguições políticas e prisões arbitrárias. Com uma força-tarefa de fiscalização das urnas e observadores internos e externos, a oposição busca garantir a legitimidade das eleições.

Enquanto os venezuelanos em Santa Catarina e pelo mundo aguardam os resultados das eleições, o desejo de uma Venezuela livre e democrática ressoa com força, ecoando a esperança de um futuro melhor.