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No Brasil, o aumento no preço dos alimentos tem gerado preocupação entre os cidadãos, conforme indicam os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial, registrou uma taxa de 0,78% em fevereiro deste ano, superior aos 0,31% de janeiro e ao 0,76% de fevereiro do ano passado. No acumulado de 12 meses, o IPCA-15 atingiu 4,49%.
A elevação nos preços dos alimentos tem sido um dos principais fatores de impacto na inflação. Entre os itens que apresentaram maiores aumentos estão a cenoura (36,21%), batata-inglesa (22,58%), feijão-carioca (7,21%), arroz (5,85%) e frutas (2,24%). O grupo de despesas com alimentação e bebidas registrou uma inflação de 0,97% no período analisado.
Em meio a esse cenário, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estuda a implementação de um voucher de R$ 35, denominado "Programa Carne no Prato", para permitir que famílias de baixa renda possam adquirir até 2 quilos de carne bovina por mês. A proposta, apresentada por um grupo de pecuaristas de Mato Grosso do Sul, visa beneficiar até 19,5 milhões de pessoas, criando demanda por mais 2,3 milhões de cabeças de gado ao ano.
No entanto, a ideia tem sido questionada por especialistas que argumentam que outros tipos de proteína podem oferecer um melhor custo-benefício e que a restrição ao consumo de carne bovina pode não ser a melhor opção do ponto de vista da segurança alimentar e dos impactos ambientais.
Paralelamente, com o cenário, uma pesquisa realizada pela Genial/Quaest revelou uma queda na aprovação do governo Lula. A avaliação positiva recuou de 54% para 51% entre dezembro de 2023 e o final de fevereiro, enquanto a desaprovação aumentou de 43% para 46% no mesmo período. A queda na aprovação está associada a diversos fatores, incluindo a percepção de piora na economia e o aumento nos preços dos alimentos. Além disso, a pesquisa aponta que os evangélicos estão entre os grupos que mais desaprovam o governo, com 62% de rejeição.
Diante desse cenário, o governo Lula enfrenta o desafio de lidar com a inflação dos alimentos e buscar alternativas para melhorar a situação econômica do país, ao mesmo tempo em que precisa trabalhar para recuperar a aprovação popular.