Cultura de SC quer incentivar projetos conservadores para escolas, filmes e teatros

Por Lorran Barentin

Publicado em 20/12/2023 18h23 | Atualizado há 197 dias

Quando Rafael Nogueira foi nomeado, a esquerda gritou. Muito, ao ponto de ser criada uma lista com ‘7 motivos’ para exonera-lo da Fundação Catarinense de Cultura.

Possivelmente o mais autêntico representante da direita bolsonarista no Alto Escalão do Governo de SC, Rafael foi guardião do valiosíssimo acervo da Biblioteca nacional do Brasil durante a gestão de Jair Messias Bolsonaro. Pesquisador da História do Império há mais de dez anos, ex-Secretário Nacional e Atual Presidente da Fundação Catarinense de Cultura, ele é Bacharel e Licenciado em Filosofia e Bacharel em Direito pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), e pós-graduado em Educação pela Universidade Metropolitana de Santos (Unimes).

Sabe aquelas cartas pela democracia, que circularam durante as eleições defendendo que Lula era o autêntico salvador da Pátria? Pois é. Por aqui, também utilizaram este subterfúgio. Uma carta enviada ao governador Jorginho Mello (PL), assinada por 1233 artistas de SC, expressou o ‘descontentamento com a indicação’ e pedia que o governo revesse a nomeação do cargo à frente do principal órgão de cultura de Santa Catarina.

Ao término do primeiro ano de sua gestão, os gritos cessaram. Todavia, a exoneração ocorreu. O Governo do Estado alegou erro de digitação e, tão rápido ventilou-se sua demissão, ele foi reconduzido ao cargo. Uma pressão de movimentos bolsonaristas exigiu e Jorginho Mello reconsiderou. A crise foi superada após reunião do governador Jorginho Mello com o presidente, Rafael Nogueira, e o assessor Sérgio Ricardo Fraga Costa, o Gibão, no Centro Administrativo.

Com o respaldo da Direita Catarinense, Rafael sente-se confiante para, em 2024, promover seu grande propósito: incentivar nas escolas, teatros e demais centros culturais os projetos ‘engavetados’ que promovam a moralidade, amor à pátria e ardor cívico.

Em recado velado, ao confrontar os movimentos que tentaram derrubá-lo de seu cargo, Rafael deixou uma importante mensagem. Tradicionalmente, a ‘Cultura’ é usurpada por movimentos de esquerda. A direita, infelizmente, não tem o hábito e conhecimento de promover ações culturais com o apoio do Estado. Nogueira irá incentivar, em 2024, o que promete ser uma revolução extremamente positiva para a sociedade catarinense.

Enquanto o Governo Lula autoriza R$ 16,5 bi, maior valor da Rouanet em 21 anos, para projetos como o “Batcu” e “Cavalo Tarado”, Rafael não pretende ‘brecar’ nenhum centavo, tampouco exercer uma ‘caça às bruxas’ sob pena de acusação de ‘antidemocrático’. Ele sabe que o recurso existe e precisa, obrigatoriamente, ser investido em Cultura. Só que é em Cultura com C maiúsculo.

Acerta Rafael em ficar. Acerta Jorginho em reconduzi-lo. Ganha Santa Catarina.

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