Reprodução / Redes sociais
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No cenário político de Balneário Camboriú, as peças se movem em um tabuleiro tenso e incerto. O deputado estadual Carlos Humberto lançou um desafio aberto, marcando seu território e sinalizando uma verdadeira "guerra" pela indicação do Partido Liberal (PL) à prefeitura.
Em um áudio vazado, Humberto não apenas defende sua possível candidatura, mas também critica a postura do atual presidente do partido, delineando um cenário de rivalidades internas e estratégias divergentes.
Com uma abordagem que mistura pessoalidade e política, Humberto ressalta a importância da escolha do candidato ser um reflexo da vontade popular, enfatizando a necessidade de uma pesquisa para identificar o nome mais forte.
Ele destaca figuras como Juliette, Vitor Forte, Cristiano, Nelson, Mafra e Jaque, ressaltando a importância da unidade e do apoio mútuo dentro do partido, mas mantém firme sua posição: se for o mais indicado, não hesitará em reivindicar a candidatura. Veja a transcrição do áudio:
“Pessoal, eu tô esse final de semana fora, em virtude de compromissos pessoais e aniversário do meu filho, mas eu tirei um tempinho agora pra entrar aqui no grupo, vi as manifestações, mais uma vez eu vou pedir calma pra todo mundo, não é? É um jogo que tá sendo jogado. Infelizmente, eu digo isso com muita tristeza, porque eu acho que foram conquistadas muitas coisas para Balneário Camboriú, pra chegar no final e se manchar o processo dessa forma. O candidato tem que ser do PL, tem que ser escolhido pela população, faz uma pesquisa, vê quem tá melhor, pronto. Se tiver um nome aí do 22, a Juliette, o Vitor Forte, o Cristiano, o Nelson, o Mafra, seja quem for, é um filiado, a Jaque, eu apoio, eu tô tudo certo, tudo certo. Eu só quero a mesma reciprocidade, se o nome melhor for o meu, então eu acho que deveria ser eu também o candidato, ponto. Como eu também tô pronto, se tiver um nome pra ganhar a eleição, pra apoiar quem quer perder a eleição. Infelizmente, não é o que o atual presidente do partido tem demonstrado, ele quer escolher quem vai ser o candidato e, pelo que eu tenho visto na internet, ele tem três nomes. Três nomes de pessoas que eu gosto. Ele tem o vereador, presidente da Câmara, o David, que é um rapaz bom, é meu amigo, eu gosto dele. Mas, na minha opinião, ele tá meio cru, ele não apresenta ainda, pode ser que no futuro sim, mas no momento, na minha opinião, ele ainda não tem a popularidade, o conhecimento necessário pra ser o candidato. Eu já passei por isso, eu também queria ser prefeito, acabei de ver isso do prefeito Fabrício, porque ele tem essas condições melhores do que a minha época. Isso não apaga as qualidades dele, mas é o fato. O vereador Omar tomou a lida da mesma forma, apesar de ter ido pra Secretaria de Saúde pra fazer o processo do hospital, trouxe melhorias, eu mesmo ajudei com bastante recurso. Mas também não tá com essa popularidade toda, é só fazer uma pesquisa que vai ver, não adianta ficar... Ah, eu sou o candidato do grupo, eu sou apoiado pelo prefeito, isso não é discurso pra ganhar a eleição. Isso não ganha eleição porque passado não ganha, ninguém vota no que foi feito, o pessoal vota no que vai fazer. O ex-prefeito Rubens também é um cara... Foi um grande prefeito, meu amigo, gosto dele, adoro ele. Foi um grande prefeito do Balneário Camboriú, mas foi. Foi do verbo do passado, não tá também no momento com essa popularidade toda pra ser o candidato. Se ali na frente, se daqui a três meses tiver, quatro meses, qualquer um deles, tudo bem, mas não é o fato, isso não tem hoje. Se o nome do PL de Balneário Camboriú pra disputar a eleição, que é o que todo mundo quer, que a população quer, que é o que os filiados do partido querem, é o Carlos Humberto. Não adianta ir contra isso. Se amanhã mudar, tô pronto pra apoiar, não tenho problema nenhum, não tenho problema nenhum com isso, sou deputado, tenho uma data até 2026, tô feliz da vida, feliz da vida mesmo. Agora, se o meu nome chegar como tá hoje lá na frente, eu vou impor a minha candidatura e pronto, não tem quem me tire, nem Brasília, nem Florianópolis, isso vai dar uma guerra tão grande, isso vai dar... No mínimo o PL vai perder a eleição se eles tentarem me tirar, no mínimo o PL vai perder a eleição, no mínimo, porque ninguém vai aceitar uma coisa dessa”.
Enquanto isso, o prefeito Fabrício Oliveira, também do PL, partiu para Brasília com uma agenda estratégica. Seu encontro com Valdemar Costa Neto, presidente nacional do partido, e a companhia de Rubens Spernau, ex-prefeito e atual secretário municipal de Planejamento, adicionam mais uma camada à disputa interna.
A indicação de Spernau como sucessor por Fabrício traz à tona questões sobre acordos partidários e alianças políticas, que podem ser decisivas na definição do próximo candidato pelo PL.
Carlos Humberto, respaldado pelo apoio da bancada na Assembleia Legislativa, parece não ter medo de confrontos, afirmando que só não será candidato se for retirado do partido. Por outro lado, Fabrício busca solidificar sua posição e manter acordos pré-estabelecidos, buscando apoio no diretório nacional.
Questionado sobre o áudio, Carlos Humberto respondeu: “O que está dito, está dito”.