Reprodução / Drone Jornal Razão
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Em uma trama digna de uma novela política, Adeliana Dal Pont, ex-prefeita de São José e apoiadora da ex-presidente Dilma Rousseff, decidiu trilhar um caminho surpreendente. Como um barco desgovernado que muda de rota em alto mar, Dal Pont assinou sua filiação ao Partido Liberal (PL) e, como se não bastasse, ainda abocanhou um cargo no Conselho da Casan com salário de mais de R$ 6 mil. Seria a recompensa?
A ironia da situação não passa despercebida. Dal Pont, conhecida por suas posições mais alinhadas à esquerda e defensora da bandeira feminista, agora se encontra em um partido que, em tese, navega por águas mais à direita. Para os observadores políticos, essa guinada é como misturar água e óleo, ou quem sabe, feijão com sorvete.
Os correligionários do PL devem estar arrancando os cabelos. Afinal, não é todo dia que se vê uma apoiadora de Dilma Rousseff, a presidente destituída cujo impeachment ainda ressoa nos corredores do poder, ingressar em um partido que recentemente abrigou o ex-presidente Bolsonaro. Uma união mais inusitada, só se o galo cantasse ao meio-dia.
O cenário em São José também adiciona tempero a essa salada política. A cidade, que sofre com as obras da Casan – aquelas que abrem o asfalto novo para manutenção e depois parecem esquecer de fechar – agora verá uma de suas ex-prefeitas no conselho da companhia. Alguns moradores já devem estar se perguntando se as obras vão finalmente ganhar um ritmo ou se continuarão sendo um eterno 'abra e fecha'.
Se bem que, de Dilma, Jorginho entende bem. Até tentou, judicialmente, tirar de circulação a foto em que aparece com a petista. Bons tempos que parecem estar de volta no radar do “Partido Liberal”.