Lula diz que plano do PCC para assassinar Moro é "armação" do ex-juiz

Presidente causou ainda mais polêmica ao se pronunciar a respeito da operação que prendeu quadrilha que planejava assassinar o algoz de Lula

Lula diz que plano do PCC para assassinar Moro é "armação" do ex-juiz

Reprodução / Redes sociais

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Em declarações feitas nesta quinta-feira (23), o presidente Lula (PT) afirmou que o plano do PCC de matar o senador Sergio Moro (União Brasil) pode ser uma "armação" do ex-juiz.

"Eu não vou falar porque acho que é mais uma armação do Moro. Eu vou descobrir o que aconteceu porque é visível que é uma armação do Moro", disse o presidente. Ele acrescentou que, caso seja uma armação, Moro ficará ainda mais desmascarado.

Lula estava visitando o Complexo Naval de Itaguaí, na região metropolitana do Rio de Janeiro, onde está instalado o programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) da Marinha do Brasil. 

Ele disse que vai pesquisar e descobrir o porquê da “sentença envolvendo Moro” e levantou suspeitas sobre a juíza responsável pelo parecer.

Ontem (22), a Polícia Federal cumpriu 11 mandados de prisão e 24 mandados de busca e apreensão contra um grupo suspeito de planejar atentados contra servidores públicos e autoridades, incluindo Moro. 

Em resposta, o senador protocolou um projeto de lei para ampliar a proteção de autoridades que investigam o crime organizado.

Esse contexto se relaciona com a revelação feita por Lula na terça-feira (21), de que, quando estava preso em Curitiba, tinha uma ideia fixa e a declarava quando recebia visitas formais de procuradores e delegados na cadeia. 

O petista afirmou que sempre dava a mesma resposta: "Só vai ficar bem quando eu foder com o Moro".

A Operação Sequaz, tornada pública na quarta-feira (22) pela PF, investiga uma quadrilha ligada ao PCC que planejava atacar servidores públicos e autoridades, incluindo assassinatos e extorsão mediante sequestro em quatro estados e no Distrito Federal. Moro, ex-ministro da Justiça no governo Bolsonaro, era um dos alvos da facção. 

Investigadores suspeitam que o principal objetivo do grupo era sequestrar o senador, sua esposa, a deputada federal Rosângela Moro (União Brasil-SP), e seus filhos, para forçar o Estado a negociar a libertação de Marcola ou sua retirada do sistema penal federal.

“Acho que é mais uma armação e, se for armação, ele vai ficar mais desmascarado ainda e eu não sei o que ele vai fazer da vida se continuar mentindo do jeito que está mentindo”, acrescentou.