Jornal Razão / Redação
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Nesta terça-feira, o centro de Florianópolis tornou-se o palco de uma grande manifestação. Cerca de 2 mil professores, segundo estimativas da Polícia Militar, reuniram-se em frente ao Centro Administrativo do Governo de Santa Catarina. Apesar das expectativas iniciais do sindicato que promovia a reunião de 10 mil profissionais, o evento contou com a presença de uma quantidade menor, mas ainda significativa, de participantes.
O movimento, organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação na Rede Pública de Ensino do Estado (Sinte/SC), teve como objetivo reivindicar melhorias nas condições de trabalho e salariais para os professores. Apesar do contexto de greve, o Governo do Estado se manteve aberto ao diálogo, buscando soluções conjuntas para as demandas apresentadas.
Em meio a esses desafios, o secretário de Administração do Estado, Vânio Boing, destacou as iniciativas já realizadas pelo governo em benefício dos educadores. No último ano, segundo o Governo de SC, houve um aumento no vale-alimentação dos professores, passando de R$ 12 para R$ 25 diários. Além disso, estão sendo discutidas outras melhorias, como a implementação da hora-atividade, planejada para começar em 2025.
A questão da descompactação da tabela salarial, uma demanda de longa data, ainda está em estudo pelo governo, demonstrando uma abordagem cuidadosa para garantir a sustentabilidade fiscal do estado. O secretário Boing esclareceu que uma decisão nesse sentido só poderá ser tomada após o término da greve, reforçando a necessidade de retorno às atividades para que negociações produtivas possam continuar.
O Governador Jorginho Mello também se posicionou, destacando que as demandas do sindicato, embora compreendidas, devem ser atendidas dentro dos limites legais e fiscais. Ele enfatizou que atender às reivindicações de forma integral poderia violar a Lei de Responsabilidade Fiscal, comprometendo a saúde financeira do estado.
Além disso, foi anunciada a realização de um concurso público até o final do ano para preencher 10 mil vagas. As negociações entre o sindicato e o governo estão programadas para continuar, com a esperança de que as aulas possam ser retomadas já na próxima quinta-feira.