Reprodução / G1
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A Polícia Federal descobriu um documento na sede do Partido Liberal (PL) durante uma busca e apreensão realizada na manhã desta quinta-feira. O texto, ainda não assinado, propõe a decretação de um estado de sítio no país.
O documento foi localizado em um cenário já tenso, marcado por investigações sobre 'tentativas de golpe' e 'ataques às instituições democráticas'. Segundo fontes ligadas à investigação, o material encontrado sugere uma justificativa para a ruptura do Estado Democrático de Direito, alegando estar "dentro das quatro linhas da Constituição", frase frequentemente usada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
O texto apócrifo faz referências a conceitos filosóficos e históricos, como os princípios do Iluminismo e pensamentos de Aristóteles sobre leis injustas, numa tentativa de embasar a proposta de um estado de sítio como uma ação legítima de resistência.
A operação desta quinta-feira se destaca não apenas pelo material encontrado, mas também pela amplitude do seu escopo, visando desvendar o envolvimento de figuras de alto escalão do governo anterior, tanto civis quanto militares, além de aliados políticos do ex-presidente Bolsonaro. Entre os alvos estão os generais Braga Netto e Augusto Heleno, este último capturado em gravações expressando a necessidade de uma "virada de mesa" antes das eleições, sugerindo uma intervenção direta contra o processo eleitoral.
A investigação também trouxe à tona uma minuta que incluía pedidos de prisão para figuras chave do cenário político e judiciário, como os ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes do STF, e o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco. Apesar das discussões, somente a ordem de prisão contra Moraes foi mantida.