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Na terça-feira (23), durante a penúltima sessão do mês da Câmara de Vereadores de São Miguel do Oeste, aconteceu o retorno da vereadora Maria Tereza Capra (PT), ao seu cargo legislativo. Ela havia sido afastada em fevereiro deste ano após acusar catarinenses de realizarem gestos nazista diante do quartel da cidade e, mais tarde, condenada em segunda instância por irregularidades em licitações durante sua gestão como secretária municipal de Cultura.
Uma liminar do Tribunal de Justiça, concedida na última semana, possibilitou sua reintegração, efetivada com a convocação feita pelo presidente da Câmara, Paulo Drumm.
A vereadora, recebida por apoiadores antes da sessão, expressou gratidão aos que a apoiaram durante o período de afastamento.
Marcio Santin, que ocupou a cadeira de Capra durante sua ausência, agradeceu pelo apoio recebido e destacou seu trabalho em causas sociais. Com a reinstalação de Capra, Santin reassume a posição de primeiro suplente do partido.
ENTENDA O CASO
Após uma extensa sessão de nove horas, os vereadores de São Miguel do Oeste determinaram, na sexta-feira, 3 de novembro de 2022, a cassação do mandato da vereadora Maria Tereza Capra (PT). A decisão foi baseada em acusações de quebra de decoro parlamentar relacionadas a um vídeo publicado por Capra em 2022, no qual ela denunciava a realização de um suposto gesto nazista durante uma manifestação em frente à base do Exército local, em 2 de novembro daquele ano.
A sessão, marcada por um debate intenso, teve um resultado de 10 votos a favor da cassação, incluindo o voto de Capra, a única representante do PT na Câmara Municipal. A vereadora defendeu-se afirmando ter sofrido ameaças desde a publicação do vídeo e criticou a postura dos colegas vereadores.
A sessão, iniciada na noite de sexta-feira e concluída nas primeiras horas de sábado, 4 de novembro de 2022, foi acompanhada por uma significativa presença de público e de figuras políticas, entre elas o deputado federal Pedro Uczai (PT) e a deputada estadual Luciane Carminatti (PT).
A cassação da vereadora, ocorrida em um contexto de discussões acaloradas sobre conduta e ética política, refletiu as tensões do ano legislativo de 2022.