O Rio Grande do Sul vem enfrentando um aumento preocupante nos casos de leptospirose, uma doença grave que está se espalhando rapidamente devido às recentes inundações no estado. Até o momento, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) confirmou quatro mortes pela doença, além de 76 casos confirmados e 1.256 em investigação. Outros dez óbitos ainda estão sob análise.
A leptospirose é transmitida principalmente através do contato com água contaminada pela urina de ratos, uma situação que se tornou mais comum com as enchentes que têm assolado diversas regiões desde o final de abril. As condições de higiene precárias e o acúmulo de águas estagnadas aumentam o risco de proliferação desta bactéria perigosa.
Para diagnóstico da leptospirose, o Laboratório Central (Lacen) do RS utiliza dois métodos principais. O primeiro é o diagnóstico de biologia molecular (RT-PCR), indicado para os casos suspeitos nos primeiros sete dias após o aparecimento dos sintomas. O segundo é o diagnóstico sorológico, que detecta os anticorpos produzidos pelo organismo após uma semana dos sintomas iniciais.
A infecção pode ocorrer quando a bactéria entra no corpo humano através da pele lesionada ou mucosas. Além dos humanos, animais como bovinos, suínos e cães também são susceptíveis à leptospirose e podem transmiti-la.
Embora muitos casos da doença sejam assintomáticos, ela pode evoluir para condições mais graves, incluindo a falência de órgãos. Por isso, é essencial que qualquer pessoa que suspeite de ter estado em contato com águas possivelmente contaminadas procure imediatamente um serviço de saúde. O tratamento precoce com antibióticos é crucial e é mais eficaz quando iniciado nos primeiros sete dias após o surgimento dos sintomas.
As autoridades de saúde continuam a monitorar a situação e reforçam a importância das medidas de prevenção, especialmente em áreas de risco elevado devido às enchentes recentes.