O estado do Rio Grande do Sul enfrenta novos desafios de saúde pública após as fortes chuvas que provocaram enchentes em diversas regiões.
O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) e a Secretaria de Saúde do estado emitiram alertas sobre o risco aumentado de transmissão de leptospirose, uma doença infecciosa causada pela bactéria Leptospira, que é frequentemente encontrada na urina de animais, principalmente ratos.
A leptospirose pode ser contraída através do contato com água contaminada, seja por meio de cortes na pele ou exposição prolongada, mesmo que a pele esteja intacta.
Após o contato com água contaminada, os sintomas, que incluem febre, dores de cabeça, dores musculares e calafrios, podem surgir entre um e 30 dias, com a maioria dos casos apresentando sintomas dentro de sete a 14 dias.
Com o objetivo de prevenir a doença, a Secretaria Estadual da Saúde recomendou a quimioprofilaxia para pessoas que estiveram em contato direto com as enchentes por períodos prolongados, incluindo socorristas e voluntários.
Essa medida preventiva envolve a administração de medicamentos que diminuem o risco de desenvolvimento da doença após a exposição ao agente infeccioso.
Além disso, a vigilância em saúde foi orientada a ficar alerta para o diagnóstico diferencial entre leptospirose e dengue, pois ambas as doenças compartilham sintomas similares e ocorrem em contextos de acúmulo de águas, podendo confundir os quadros clínicos.
A atenção é especialmente direcionada para municípios que já apresentam transmissão elevada de dengue e que foram afetados pelas enchentes.