Reprodução / Jornal Razão
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Desde a última década, Tijucas vivia um dilema que se arrastou por várias administrações. A saúde pública é um problema não apenas da Capital do Vale: em todo o Brasil, inúmeras cidades enfrentam crises orçamentárias para poder suprir a grande demanda de gastos públicos neste setor.
Entre os principais problemas, tem-se a falta de recursos, a desigualdade na distribuição destas verbas, aliadas a infraestrutura precária de muitas unidades hospitalares junto a escassez de profissionais.
Em Tijucas, sobretudo em detrimento do grande salto populacional vivenciado nos últimos anos, a procura por atendimentos no Hospital São José cresceu absurdamente. Entretanto, o repasse dos órgãos públicos para a instituição que administrava o HSJ não acompanhou este crescimento.
Com a defasagem, os administradores se depararam com a difícil decisão: ou fechavam as portas do hospital de Tijucas, ou passavam para outra instituição administrar.
Em julho do ano passado, com a informação de que o hospital de Tijucas corria o sério risco de ser fechado, o então presidente da Câmara de Vereadores de Tijucas, Maickon Campos Sgrott, resolveu bater de frente com a situação.
“Não podemos engavetar o problema”, disse o vereador Maickon Sgrott.
Após levantar dados e apresentar para o professor Eloi Mariano Rocha, prefeito de Tijucas, constatou-se que o repasse da prefeitura para o hospital era muito abaixo do que vinha sendo praticado nos demais municípios do Vale do Rio Tijucas.
Após este levantamento, o prefeito Eloi Mariano Rocha decidiu “dar um peitaço” na saúde. O repasse da Prefeitura de Tijucas para o HSJ, que era de apenas R$ 80 mil por mês, saltou para R$ 550 mil.
O prefeito precisou escolher: abrir mão de uma série de obras e investimentos ou proporcionar uma saúde digna para a população tijuquense. E a escolha que predominou foi a segunda, acatada pelo Poder Legislativo.
À época presidente da Câmara Municipal, Maickon colocou em pauta em regime de urgência e aprovou-se em tempo recorde o novo projeto de lei para que o novo repasse pudesse sair do papel.
Todavia, a batalha não findou. Ainda segue extremamente viva, e dia após dia novos desafios aparecem. Nesta semana, tendo ciência de que a nova gestão do Hospital São José pretende reativar o Centro de Diagnóstico por Imagem para auxiliar o município a zerar a fila de espera por exames, Maickon conseguiu destinar R$ 72 mil ao Hospital de Tijucas.
Esta verba é proveniente das Emendas Impositivas, que são um recurso, correspondente a uma parte do orçamento da Prefeitura de Tijucas que pode ser destinado pelos vereadores.
“Muita coisa já mudou, mas acredito que há muito o que se buscar até que possamos dizer que a saúde pública em Tijucas é referência. Pode parecer pouco, mas em conversas com os administradores do HSJ, a resposta é unânime: todo real que entra na Saúde Pública é mais do que essencial. Seguiremos firmes e atuantes no que diz respeito a saúde dos tijuquenses”, garante Maickon Campos Sgrott.