Após reportagem do JR, estuprador é condenado em Tijucas

Homem precisará indenizar as vítimas em R$ 10 mil. Em todo o processo, juíz citou a denúncia feita pelo Jornal Razão como fator determinante para que a justiça fosse feita

Após reportagem do JR, estuprador é condenado em Tijucas

Lorran Barentin / Jornal Razão

No WhatsApp do JR tem notícia toda hora! Clique aqui para acessar.

No ano passado, o Jornal Razão trouxe à tona uma grave denúncia de crimes sexuais cometidos por um vidraceiro de Tijucas. 

As denúncias surgiram após uma das vítimas, Joana Barreiros, tomar coragem e decidir expor toda a série de abusos que sofreu por parte do homem. 

Ela tinha apenas seis anos de idade quando tudo começou. Um cara que era tido como um grande amigo da família, mas que na verdade seria responsável por fazer sua infância ser marcada para sempre como uma história de terror.

Joana Barreiros Santos, hoje formada em direito, afirma ter sido vítima dos abusos dos 6 aos 10 anos.

Enquanto isso, o acusado foi denunciado por outra vítima e iniciou-se um processo criminal, que está tramitando há mais de 10 anos. Este outro processo resultou noutra condenação, de cerca de 13 anos de prisão. 

A amizade entre as famílias era grande e jamais a mãe de Joana cogitaria que Célio Gomes, mais conhecido como Celinho da Vidraçaria, abusaria de uma criança. Muito menos de sua filha.


Quando Joana descobriu que, inocentemente, sua mãe iria defender o homem responsável por tirar sua inocência de forma tão vil e desprezível, Joana não aguentou e revelou os fatos que marcaram o que deveria ser a melhor fase de sua vida.

“Ele sempre passava a mão em mim. Começou tocando as partes íntimas, até que passou a fazer com que masturbasse ele. Me beijava na boca e chegou até a levar num motel”, conta a vítima.

Joana conta que não entendia o que estava acontecendo, mas colocou um ponto final na situação quando tinha 10 anos, quando se recusou a praticar os atos sexuais.

“Me encolhi toda. Estava no carro com ele, na época era de confiança da família e precisei de uma carona. Tinha só 10 anos. Tentou me agarrar, mas eu neguei. Mandou eu descer do carro, na chuva, e me largou ali mesmo”, desabafa.

A vítima relata que os abusos chegaram a acontecer na casa de sua mãe, dentro da própria casa do suspeito e até mesmo em um motel.

Agora, com mais esta condenação, o homem de 65 anos enfrentará, em teoria, aproximadamente 30 anos de prisão. Levando em consideração fatores como remissão de pena, num cenário extremamente favorável, restando preso por 15 anos, Célio sairia da cadeia aos 80 anos.