Caminhoneiro de SC está há 20 dias preso em nevasca na Argentina

Gilson Dotto, acompanhado de sua esposa Sônia, encontra-se parado há 20 dias em um posto de combustíveis em São Martin desde agosto

Caminhoneiro de SC está há 20 dias preso em nevasca na Argentina

Gilson/ ND+

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O caminhoneiro Gilson Dotto, acompanhado de sua esposa Sônia, encontra-se parado há 20 dias em um posto de combustíveis em São Martin, Argentina, devido a uma intensa nevasca na fronteira com o Chile. O casal havia partido de Chapecó, Santa Catarina, com o objetivo de entregar uma carga de carne em Santiago do Chile, mas a adversidade climática bloqueou seu trajeto.

Iniciando a viagem entre os dias 22 e 25 de agosto, o plano de Gilson e Sônia era entregar carnes no Chile. Entretanto, uma nevasca persistente e temperaturas abaixo de zero em Mendonza, Argentina, na região de fronteira, impediram a passagem de veículos.

Em conversa com ND+, Gilson informou que a previsão de abertura da fronteira é para o dia 13 de setembro. Contudo, ele ressalta sua preocupação com o congestionamento na área: “São mais de 10 mil caminhões parados pelo que ficamos sabendo”.

A Transportes Gral, empresa de Chapecó para a qual Gilson presta serviços e que atua no transporte nacional e internacional há mais de meio século, tem outros caminhoneiros em situação semelhante à de Dotto.

Enquanto aguardam, os caminhoneiros, incluindo Gilson e Sônia, estabeleceram um acampamento temporário no posto de combustíveis. Este local serve de base para suas atividades diárias, como alimentação e cuidados pessoais. Além da carga de carne transportada por Gilson, outro veículo da mesma empresa carrega o mesmo produto e um terceiro aguarda com uma carga de fraldas. No entanto, o caminhoneiro garante que sua carga está adequadamente resfriada e protegida.

Outros profissionais da estrada compartilham o mesmo destino de espera. Entre eles estão Rubens Salomão e sua esposa, originários do Paraná, e José Francisco, de Minas Gerais.

Para Gilson, que atua na profissão há mais de cinco anos, essa longa espera é um marco. Ele relembra: “Antes, tinha ficado o máximo de 7 dias”. Enquanto a liberação não acontece, o casal busca maneiras de ocupar o tempo com colegas na mesma situação.