Catarinenses são acusados de tentativa de homicídio por bloqueios em rodovias

Operação da Polícia Federal em SC foi deflagrada na manhã de quarta-feira. A PF acusa manifestantes catarinenses de tentativa de homicídio nos 'atos antidemocráticos' em rodovias de SC

Catarinenses são acusados de tentativa de homicídio por bloqueios em rodovias

Reprodução / Redes sociais

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Na manhã de quarta-feira (1º), a Polícia Federal executou duas operações de busca e apreensão em Rio do Sul e Lontras, ambas no Alto Vale do Itajaí, como parte de uma investigação sobre 'atos antidemocráticos' que ocorreram no ano passado.

A ação, nomeada "Operação Quatro Pontas", busca provas relacionadas ao uso de "miguelitos" - artefatos de metal com quatro pontas, usados para furar pneus - na BR-470, em Ibirama, durante protestos contra a eleição do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em 14 de dezembro do ano passado, motoristas que viajavam na rodovia se depararam com estes perigosos artefatos espalhados pela pista. A emboscada causou a perfuração dos pneus de pelo menos dois veículos, embora não houvesse feridos. A Polícia Federal agora considera este caso como uma potencial tentativa de homicídio.

Além dos mandados, a Polícia Federal apreendeu quatro espingardas nos imóveis investigados, incluindo duas armas de pressão, uma de calibre 22 registrada e uma quebrada e inutilizável. Nenhuma prisão foi efetuada na operação.

A ponte que conecta Ibirama e Apiúna foi bloqueada temporariamente naquela noite, devido à presença dos miguelitos e também pneus queimados. Equipes da Polícia Rodoviária Federal e bombeiros voluntários trabalharam para limpar a rodovia e restaurar a segurança.

Essa não foi a única instância de protestos 'antidemocráticos' na região. De acordo com a Polícia Federal, foi a terceira vez na mesma semana que barricadas foram erguidas em Santa Catarina por indivíduos insatisfeitos com os resultados das eleições presidenciais.

A operação da Polícia Federal, sancionada pela 1ª Vara da Justiça Federal de Joinville, segue o rastro de tais atividades consideradas antidemocráticas. A investigação foi originalmente instigada por um relatório do Ministério Público Federal e uma decisão subsequente da Justiça Federal.