O estuprador que assumiu ter abusado sexualmente e assassinado Fernanda Aline Reinard, em Blumenau, preso nesta quinta-feira (21), aproveitou uma audiência de custódia para atacar os policiais responsáveis pela sua prisão.
Sem provas, ele alegou ter sofrido “opressão” na delegacia durante sua audiência de custódia. Chama a atenção o fato de que o criminoso já respondia em liberdade por um crime praticamente idêntico, em Joinville, onde ele teria esfaqueado o pescoço de uma jovem e cometido abuso sexual.
O estuprador alega ter sido obrigado a falar sobre os fatos de uma “forma que não desejava”. Também reclamou de ter recebido um soco na costela, mas não conseguiu dizer quem seria o suposto o autor da agressão.
A “opressão” teria ocorrido quando ele se recusou a falar sem a presença de um advogado. “Eu sofri opressão na delegacia”, disse ele, referindo-se à forma como foi tratado durante o interrogatório.
O indivíduo conta que estava numa sala com seis pessoas, mas foi retirado do recinto – momento em que teria ocorrido a “agressão”.
Um delegado envolvido na investigação, que tirou das ruas o provável maníaco sexual, criticou a inversão de lógica na audiência de custódia, onde a palavra do policial perde valor e o preso pode mentir sem consequências jurídicas.
Ele destacou que, em razão de determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), juízes e promotores ficam de mãos atadas diante de tais acusações, sendo obrigados a encaminhá-las para a corregedoria da polícia.
Além disso, o delegado ressaltou que, diante das alegações do acusado, ele poderá ser investigado pelo crime de denunciação caluniosa, já que a corregedoria da Polícia Civil de Santa Catarina será comunicada e instaurará um procedimento administrativo para apurar os fatos.
ENTENDA CRIME QUE CHOCOU BLUMENAU