O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) apresentou, na segunda-feira (3), uma denúncia contra um homem acusado de assassinar brutalmente a ex-companheira e o enteado, um menino de apenas oito anos, em Forquilhinha, no Sul do estado. O crime, ocorrido na madrugada de 23 de janeiro de 2025, deixou a comunidade em choque pela extrema violência. Além dos homicídios, o suspeito também responderá por furto e incêndio.
INVASÃO, BRIGA E ATAQUE VIOLENTO
De acordo com o MPSC, o denunciado teria invadido a residência da ex-mulher no meio da noite e iniciado uma discussão com ela. Durante o confronto, armado com uma faca, ele atacou a vítima com uma série de golpes. A mulher ainda tentou escapar e buscar ajuda, mas foi alcançada e assassinada com 80 facadas.
O filho dela, que presenciava a cena, tentou intervir para defender a mãe. No entanto, o agressor voltou sua fúria contra o menino e o esfaqueou 62 vezes. Após cometer os crimes, o homem fugiu de bicicleta, levando o celular da vítima.
MOTIVAÇÃO E AGRAVANTES
A investigação aponta que o feminicídio foi motivado pelo inconformismo do suspeito com o término do relacionamento. O crime foi enquadrado como violência doméstica, já que aconteceu em um contexto de relação íntima e familiar. Além disso, a execução da vítima na frente do próprio filho agravou ainda mais a brutalidade do caso.
O homicídio da criança foi classificado com qualificadoras, pois foi cometido contra um menor de 14 anos e por motivo torpe — já que o menino morreu ao tentar proteger a mãe. A Promotoria também destacou o uso de meio cruel, devido ao alto número de facadas e ao intenso sofrimento das vítimas.
FURTO E INCÊNDIO
Após o duplo homicídio, o acusado fugiu e, além de levar o celular da ex-companheira, teria ateado fogo na quitinete onde morava. O incêndio colocou em risco a vida de outros moradores e destruiu parte de duas quitinetes vizinhas, além de causar danos a uma garagem próxima.
O MPSC também pediu que o réu seja condenado a pagar indenizações: R$ 200 mil à família das vítimas e R$ 50 mil ao proprietário do imóvel incendiado.
Agora, a denúncia segue para a Justiça, que deve decidir sobre a abertura do processo criminal e os próximos passos do julgamento.