Filho ajudou pai a contratar assassinos para matar a própria mãe após briga por herança

O julgamento durou cerca de 16 horas

Filho ajudou pai a contratar assassinos para matar a própria mãe após briga por herança

Divulgação / Redes sociais

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O julgamento que mobilizou a cidade de Timbó, no Vale do Itajaí, e ocupou a atenção da mídia regional por quase 16 horas, culminou com a condenação de quatro indivíduos pelo hediondo assassinato de Agostinho Petry, 57, e Eliana Maria Stickel Francisco, 46. O resultado do julgamento foi anunciado nas primeiras horas desta sexta-feira (25), e os detalhes do caso são perturbadores.

Em um crime meticulosamente planejado e executado com brutalidade, o ex-marido de Eliana e seu filho, movidos por uma contenda judicial envolvendo herança, decidiram eliminar a mulher. As penas foram severas: o pai foi condenado a 43 anos e seis meses, enquanto o filho recebeu uma sentença de 36 anos. Ambos encontram-se presos em Joinville e poderão recorrer, mas somente em regime fechado.

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Os documentos judiciais revelam a sinistra conspiração. Uma dupla, na época com 19 e 21 anos, foi contratada para realizar o crime. Eles se deslocaram de Joinville a Timbó na madrugada de 15 de julho de 2022, entraram na residência onde as vítimas estavam e executaram-nas com uma violência inimaginável. Os dois executores foram condenados a 36 e 32 anos de prisão, respectivamente, e, assim como os mandantes, não terão a oportunidade de recorrer em liberdade.

A descoberta dos corpos ocorreu quatro dias após o crime, em estado avançado de decomposição. A ausência de resposta do pai alarmou o filho de Agostinho, que foi à propriedade e encontrou a cena chocante.

As investigações apontaram rapidamente para um enredo complexo. A separação de Eliana em outubro de 2021 resultou em um litígio sobre a divisão de propriedades. Não conformados com o término da relação e a subsequente divisão dos bens, pai e filho decidiram orquestrar o assassinato. Um carro registrado como furtado pelo ex-marido da vítima, mas na realidade parte de um golpe, seria a moeda de troca pelo serviço dos executores.

A polícia desvendou a trama somente um mês após os crimes, conduzindo às primeiras prisões. A seguradora, alertada sobre o golpe, recusou-se a efetuar o pagamento. A condenação ressoa como um lembrete do compromisso da justiça com a verdade e com a aplicação da lei, mesmo em face dos crimes mais brutais e chocantes.