Divulgação / Redes sociais
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A barragem de José Boiteux, no Alto Vale do Itajaí, tornou-se novamente o epicentro de um conflito entre o governo de Santa Catarina e os indígenas Laklanõ Xokleng. O impasse se intensificou após o Estado decidir abrir uma das comportas da barragem, que atingiu sua capacidade máxima pela primeira vez na história.
O governo estadual informou que a abertura da comporta ocorrerá ainda durante a manhã deste domingo (15), desde que o rio esteja dentro dos parâmetros estabelecidos. A Polícia Militar foi acionada para o local após a Polícia Federal, originalmente responsável pela operação, alegar baixo efetivo e solicitar apoio.
Um perfil da Juventude Xokleng nas redes sociais criticou a presença da Polícia Militar, alegando que sua função é "intimidar" os indígenas. Segundo a nota, a maior parte da aldeia está sem energia elétrica e cobertura telefônica. No entanto, o povo Xokleng afirmou que não interferirá no trabalho da Defesa Civil na barragem.
A barragem de José Boiteux, a maior estrutura de contenção de cheias de Santa Catarina, tem sido motivo de controvérsia desde sua inauguração em 1992. A terra Laklanõ Xokleng, demarcada legalmente, é diretamente afetada pela estrutura. Os indígenas relatam perdas significativas, incluindo casas, escolas e plantações, e até mortes em decorrência das inundações. Eles têm cobrado indenizações pelos danos causados, e o Ministério dos Povos Indígenas acompanha o caso.