O judiciário catarinense proferiu uma sentença marcante no caso do brutal assassinato de Karoline de Souza, de 24 anos, e Gabriela da Silva Rocha, de 21. Os crimes, ocorridos em janeiro deste ano nas margens de um rio em Araranguá, resultaram na condenação dos dois acusados a penas que, somadas, ultrapassam 120 anos de prisão.

Segundo a acusação, o ato foi motivado por vingança após o término do relacionamento de um dos réus com Karoline. A investigação detalhou que, sob a escuridão da noite, os criminosos desligaram o disjuntor elétrico da residência das vítimas, atraindo-as para fora e, em seguida, as sequestraram.

As jovens foram levadas a uma área de mata, onde Karoline, a ex-companheira de um dos acusados, foi brutalmente assassinada a facadas e jogada no rio com a cabeça coberta por um moletom e os punhos amarrados. Gabriela, por sua vez, foi morta para que não houvesse testemunhas, tendo também seu corpo lançado nas águas. Ambas emergiram dias depois, sendo então descobertas pela polícia.

O julgamento, ocorrido na quarta-feira (29), determinou que um dos réus, responsável pelo feminicídio de sua ex-companheira e pelo homicídio de Gabriela, cumprirá 82 anos, dez meses e 23 dias de reclusão. Ele foi considerado culpado por homicídio quadruplamente qualificado, sequestro, ocultação de cadáver e coação no curso do processo. O segundo homem, condenado por homicídio quadruplamente e triplamente qualificado, sequestro e ocultação de cadáver, receberá uma pena de 42 anos, dez meses e três dias de prisão.

Um dos condenados permanece preso, enquanto o outro está foragido. O processo, que corre em sigilo, ainda permite recurso, mas ambos foram negados o direito de recorrer em liberdade.