Mãe de menino desaparecido em SC conta como filho foi levado a São Paulo

Ela deu uma entrevista exclusiva ao Fantástico, programa da Rede Globo, deste domingo (14)

Mãe de menino desaparecido em SC conta como filho foi levado a São Paulo

Rede Globo/ Reprodução

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Na edição do Fantástico, programa da Rede Globo, exibida neste domingo (14), uma mãe, que preferiu não se identificar, contou detalhadamente sobre o caso que mobilizou o Brasil, onde seu filho de dois anos, natural de Santa Catarina, foi entregue pela mesma a um casal suspeito de tráfico humano. Após procuras, o pequeno foi encontrado em São Paulo na última segunda-feira (8). 

Ela relatou que conheceu um dos suspeitos a quem entregou o menino, Marcelo Valverde Valezi, em 2020, por meio de um grupo on-line de suporte a novas mães. Ele teria expressado grande desejo de ter filhos com a esposa e, por isso, conforme afirma, insistiu com propostas. 

Marcelo teria relatado à mãe diversos abortos do casal e descreveu diversos "jogos psicológicos" feitos pelo mesmo. "Falava muito que se eu botasse uma criança no mundo para sofrer, aquilo iria me gerar karma (...)". 

Três anos depois, mais especificamente em abril deste ano, a mãe da criança e Marcelo teriam retomado o contato. Neste momento, ele teria dito que Roberta Porfírio, uma outra mulher, poderia pegar o pequeno. Ainda conforme a entrevista ao Fantástico, eles dois, acompanhados de Anderson Henrique Alves, marido de Roberta, foram até São José para buscar o menino. A entrega foi feita no estacionamento de um supermercado. 

A mãe confessou ao Fantástico que, ao fazer isso, não imaginou que poderia estar entregando seu filho a um grupo envolvido com tráfico humano. Além disso, ela revelou que, consumida pelo arrependimento após dois dias, tentou tirar a própria vida.

Os advogados de Marcelo, Roberta e Anderson negaram qualquer rapto, alegando que a entrega da criança ocorreu com o consentimento da mãe. Eles afirmam que seus clientes se sensibilizaram com a situação e quiseram ajudar.

A mãe do menino, que já sofria de depressão pós-parto, foi hospitalizada após uma overdose de ansiolíticos no momento do desaparecimento do filho. As autoridades acreditam que ela pode ter sido atraída pelo grupo durante um período de vulnerabilidade emocional e psicológica.