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Uma mãe, que prefere não se identificar, denunciou ao Jornal Razão nesta sexta-feira (11) que o filho de dois anos vem sendo agredido pela professora de educação infantil em Tijucas. Segundo relato, o pequeno estuda desde os 11 meses na Escola Manoel dos Anjos e nunca havia passado por qualquer coisa do tipo até o início deste ano.
Além disso, ao buscar o filho na escola nesta quinta-feira (10), a mãe afirma que identificou um corte na boca da criança. Questionado, o pequeno teria confidenciado que a causadora do machucado foi a professora, que tem por volta de 50 anos.
De acordo com a mãe, o menino teria relatado em diversas ocasiões que a professora puxava sua orelha e gritava com ele, mas ela inicialmente considerou essas afirmações fantasias infantis, mesmo que desconfiada.
Entretanto, a situação tomou um rumo mais sério quando a mãe encontrou uma auxiliar que teria pedido demissão por não aguentar mais as agressões por parte da docente. A auxiliar teria feito gravíssimas denúncias à mãe, alegando que a professora "batia com a colher nas crianças e abafava o rosto delas com panos".
Ademais, a mãe relata que a docente teria contado que a professora teria o costume de apelidar os alunos de formas humilhantes, como "cabeçudo, chorão, criança feia".
Diante da ferida do filho e de tantas informações gravíssimas, a mãe decidiu confrontar a professora. Ela afirmou que a docente lhe chamou de "mentirosa" e "barraqueira", além de negar as acusações.
Em seu relato ao Jornal Razão, a mãe afirma estar transtornada com toda a situação e que as agressões não passarão impunes. "Vou realizar um boletim de ocorrência hoje", declarou.
Diante da gravidade do caso, o Jornal Razão entrou em contato com a secretaria de Educação de Tijucas, que já está apurando a situação.
A secretaria informou que nunca havia recebido reclamações dessa mãe e que uma investigação interna foi iniciada para apurar o ocorrido. Estão sendo coletados depoimentos de outras professoras e auxiliares para entender o caso em todas as partes.
Foi informado, ainda, que a professora será imediatamente exonerada caso seja comprovada qualquer culpa. Por enquanto, as autoridades não se pronunciarão sobre quem está certo ou errado, até que todas as partes sejam ouvidas.
ESCOLA JÁ SE ENVOLVEU EM OUTRAS POLÊMICAS
A unidade denunciada pela mãe foi alvo de uma grande polêmica há pouco tempo. Pais de alunos desta mesma escola revelaram ao Jornal Razão recentemente que o segurança contratado pela Prefeitura para a vigilância da instituição era um criminoso foragido da justiça do Rio Grande do Sul.
O indivíduo, identificado como M.G.R., tinha condenações que somavam mais de 50 anos de prisão por crimes como roubo a banco, roubo a carro forte e homicídio.
De acordo com a apuração, M.G.R. saiu de "7 dias" no RS e nunca voltou para terminar de cumprir sua pena, alegando ter cumprido mais de 20 anos da condenação. A prisão foi uma surpresa para muitos professores que consideravam o homem tranquilo e educado, estando "acima de qualquer suspeita".
A empresa responsável pela segurança das escolas em Tijucas afirmou que realizou todo o trâmite de verificação de antecedentes criminais antes da contratação. No entanto, nas consultas à Polícia Federal e Tribunal de Justiça de SC, não constava nenhum processo. A descoberta dos 18 processos em nome do indivíduo foi possível apenas pelo Jus Brasil, pois os processos estão em segredo de justiça.