Operação prende construtores que vendiam mesmo imóvel para várias pessoas

Investigações podem ter desdobramentos em Tijucas e região, afirmam fontes da Polícia Civil

Operação prende construtores que vendiam mesmo imóvel para várias pessoas

Imagem Ilustrativa / Thiago Hockmüller

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Investigações podem ter desdobramentos em Tijucas e região, afirmam fontes da Polícia Civil. Reportagem do Jornal do Comércio revelou como agiam os criminosos em cidade do Litoral Norte de SC. Confira:

A Polícia Civil de Santa Catarina em Balneário Piçarras (PC/SC) cumpriu nas primeiras horas desta terça-feira, 22, nove mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva pelo crime de estelionato. Batizada por Operação ‘Castelo de Areia’, a investigação revela que os envolvidos constituíram empresas de construção e edificaram diversos imóveis, que foram vendidos para mais de uma pessoa – numa soma final acima dos R$ 10 milhões.

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Além de Balneário Piçarras, os mandados também foram cumpridos em Blumenau, Joinville e São Francisco do sul. “Conforme demonstrado em investigação, apenas um dos apartamentos foi comercializado para mais de cinco pessoas diferentes. A apuração policial evidenciou que essa organização criminosa foi criada com o propósito de lesar diversas vítimas na cidade, bem como ocultar os valores provenientes do estelionato”, detalha a PC/SC.

Conforme apurou a reportagem, o chefe do grupo criminoso possuía um escritório no bairro Itacolomi – e já era bastante conhecido pelos golpes em transações imobiliárias. Uma das vítimas, disse ao Jornal do Comércio que comprou uma residência e um terreno do grupo, e que ao chegar para ocupar o imóvel, encontrou outra família no local. Após muita discussão conseguiu ingressar na propriedade. Já o terreno, adquirido por cerca de R$ 200 mil, foi perdido.

“A apuração policial evidenciou que essa organização criminosa foi criada com o propósito de lesar diversas vítimas na cidade, bem como ocultar os valores provenientes do estelionato”

O construtor e os demais envolvidos, que teriam ligação familiar, foram indiciados pelos crimes de estelionato, organização criminosa, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Além dos dois presos, todos os demais envolvidos receberam medidas cautelares diversas da prisão, tais como: monitoramento eletrônico, apreensão de passaportes, proibição de se aproximar das vítimas, dentre outras.

Ainda segundo a Polícia Civil de Balneário Piçarras, os lucros obtidos com os crimes ultrapassam a quantia de R$ 10 milhões. Até o momento, foram apreendidos doze imóveis e veículos, que estarão à disposição das vítimas para ressarcir seus prejuízos. Também foram bloqueadas todas as contas bancárias e demais bens imobiliários de propriedade dos investigados.

A operação contou com o apoio operacional da Divisão de Investigação Criminal de Itajaí (DIC), do Setor de Investigação da PC/SC, da 2ª Delegacia de Polícia de Blumenau e da Comarca de São Francisco do Sul.

Seguindo a Lei de Abuso de Autoridade, sancionada em 2019, as forças policiais pararam de publicar em redes sociais, em páginas institucionais e de divulgar à imprensa fotos e nomes de suspeitos ou presos. Com informações Jornal do Comércio.