Divulgação / Redes sociais
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A cidade de Chapecó, em Santa Catarina, foi palco de uma intensa investigação policial que culminou na localização de uma adolescente de 16 anos, que estava desaparecida desde o dia 21 de maio.
A investigação inicialmente focada na morte do pai da adolescente tomou um novo rumo quando foram revelados detalhes alarmantes sobre o comportamento do indivíduo que vinha se relacionando como a jovem.
De acordo com relatos, Jean Alberto Mota Mastrascusa, de 35 anos, manipulava suas vítimas, convencendo-as a gravar vídeos sexuais para serem vendidos na internet.
Uma das garotas abusadas pelo criminoso revelou que ele selecionava meninas "virgens, com problemas familiares, adolescentes e ruivas", apresentando-se falsamente como um psicólogo para se aproximar de seus alvos.
No decorrer das investigações, surgiram informações que indicavam uma relação próxima entre a adolescente e Jean, desconhecido pela família.
Além disso, descobriu-se que o homem estava envolvido em atividades ilegais relacionadas ao compartilhamento, armazenamento, produção e comercialização de material pornográfico infanto-juvenil, o que resultou em sua prisão preventiva.
Após o desaparecimento, a adolescente e o homem deixaram Chapecó de forma voluntária, desencadeando uma nova fase das investigações, que visavam não apenas esclarecer a morte do pai, mas também localizar a jovem e o indivíduo investigado.
Durante esse período, a polícia acompanhou seus rastros, descobrindo que eles passaram por diversas cidades gaúchas, como Erechim e Santa Maria, antes de chegarem a Santana do Livramento, cidade que faz fronteira com o Uruguai.
As autoridades identificaram que o homem e possivelmente a adolescente estiveram na região fronteiriça em outras ocasiões, o que levou a um esforço conjunto com a Polícia Federal e a Brigada Militar para tornar as buscas internacionais. No dia 8 de junho, a dupla teria deixado o Brasil e entrado no Uruguai, o que demandou medidas legais para a emissão de um mandado de prisão preventiva com a Difusão Vermelha e acionamento da Interpol.
Finalmente, na tarde de segunda-feira, as autoridades gaúchas conseguiram surpreender o investigado e a adolescente em Santana do Livramento, cumprindo o mandado de prisão preventiva. O caso ainda está sendo investigado para esclarecer todas as circunstâncias envolvidas, e o inquérito será encaminhado ao Ministério Público e Poder Judiciário.
Essa investigação complexa envolveu diversas instituições, como o Centro Integrado de Operações de Fronteira da Secretaria Nacional de Segurança Pública, o Departamento de Inteligência da SSP/RS, a Polícia Federal, a INTERPOL e as polícias Civil e Militar de diversas cidades.
A delegada Lisiane Junges responsável pelo caso, acredita que o desaparecimento da adolescente possa está relacionada a morte do pai, mas isso só será confirmado após a conclusão da investigação.
Para checar com precisão a causa da morte do pai da adolescente, a polícia pediu a exumação do corpo cerca de 20 dias após o óbito.
O exame cadavérico foi feito, mas o resultado não havia saído até 3 de julho. “Essa etapa da investigação [do óbito] está adiantada em relação à época da exumação, mas nós ainda não concluímos e por isso nós não vamos expor todos os detalhes. Mas tem a ver sim”, afirmou a delegada.
