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Nesta sexta-feira, o juiz da Vara Criminal de Curitibanos, Edison Alvanir Anjos de Oliveira Junior, emitiu uma decisão soltando o ex-prefeito de Ponte Alta do Norte, Ari Alves Wolinger, juntamente com o ex-secretário municipal Antonio Carlos Brocardo. Ambos estavam detidos desde janeiro sob suspeita de corrupção. Ari é acusado de cobrar uma 'propina mensal' de trabalhadores braçais do serviço de limpeza pública do município.
A decisão do juiz veio após uma audiência de instrução realizada durante a manhã. O magistrado revogou a prisão preventiva de Ari Alves Wolinger, justificando que os motivos iniciais já não persistem e que medidas cautelares seriam suficientes para manter a ordem pública e garantir o prosseguimento da instrução criminal.
Apesar de ser solto, Ari Alves Wolinger está sujeito a várias medidas cautelares, incluindo a proibição de se comunicar com o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, e secretários de Estado. Além disso, o ex-prefeito será monitorado por tornozeleira eletrônica.
As medidas cautelares impostas ao ex-prefeito incluem a obrigação de comparecer ao Fórum da comarca de Curitibanos entre os dias 1º e 5 de cada mês, a proibição de acesso às dependências da Prefeitura Municipal de Ponte Alta do Norte, a restrição de contato com diversas autoridades, e o recolhimento domiciliar durante a noite e nos dias de folga.
Jorginho não tem nenhuma relação com as investigações. Ari gravou um áudio para sua esposa logo após ter sido preso afirmando que pediria para o governador 'intervir' nas investigações. Relação do governador com o ex-prefeito é a mesma mantida com praticamente todos os prefeitos catarinenses, independentemente de filiação partidária. No mês de março deste ano, inclusive, Jorginho renovou o convênio do Governo de SC com o Gaeco, órgão responsável pela prisão de 20 prefeitos catarinenses. "Trabalho irretocável", destacou o governador.