Divulgação / Redes sociais
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Uma educadora foi desligada de suas funções em uma escola particular com orientação católica em Santa Catarina, após um estudante registrar em vídeo aulas que abordavam o tema da linguagem de gênero neutro. No conteúdo filmado, a docente falava da importância de termos inclusivos, como "todes", principalmente para indivíduos que não se identificam com as categorias tradicionais de gênero.
No vídeo, a educadora argumentou que certos grupos, como os não-binários ou homossexuais, poderiam se sentir marginalizados pelo uso exclusivo do masculino genérico na língua portuguesa. A instituição educacional, com vínculos à Igreja Católica, comunicou aos responsáveis dos alunos sobre o desligamento da profissional.
A educadora focava em questionar convenções da língua portuguesa, uma língua românica que, em suas raízes latinas, possuía três gêneros gramaticais — o feminino, o masculino e o neutro — mas que ao longo do tempo, descartou o neutro, mantendo o masculino como genérico.
O caso alcançou visibilidade política quando o Deputado Estadual Jessé Lopes interveio, alegando que a escola e a educadora estariam promovendo uma "agenda política e antinatural" ao utilizar linguagem de gênero neutro. O parlamentar defende que o uso do masculino genérico na língua já serve como inclusivo.
Opositores dessa abordagem pedagógica argumentam que grupos como o feminista e LGBTQIA+ estariam incentivando alterações na língua com intenções políticas e ambições de influência social. A situação traz à memória um incidente similar ocorrido em outra instituição católica no Estado, o Colégio Salvatoriano Imaculada Conceição em Videira, que também suscitou debates fervorosos.
Clique e assista AQUI o momento em que o aluno grava a professora.