Bruno de Souza Rodrigues, produtor suspeito de envolvimento no assassinato do ator catarinense Jeff Machado, foi preso na manhã desta quinta-feira (15). Segundo as autoridades, ele estava escondido no Morro do Vidigal, comunidade do Rio de Janeiro.

A prisão ocorre como parte da investigação em andamento sobre o desaparecimento e a subsequente morte de Jeff, que chocou o país no início deste ano.

Jeff Machado, ator catarinense, desapareceu em janeiro de 2023. O comportamento estranho dele, que substituiu suas costumeiras chamadas de vídeo e áudio por mensagens de texto, levantou suspeitas entre sua família. Sua mãe, Maria das Dores, foi uma das primeiras a notar a mudança de padrão na comunicação do filho.

Além disso, a alarmante descoberta dos oito cães de Machado abandonados na Zona Oeste do Rio, todos com chips de localização, intensificou o medo de que algo tivesse acontecido com o ator. A ONG Os Indefesos foi chamada para cuidar dos cães.

Este fato levou a família a desconfiar de que Jeff não estava por trás das mensagens de WhatsApp que continuavam chegando, resultando no registro oficial de seu desaparecimento em 4 de fevereiro.

Tragicamente, o corpo do ator foi encontrado em um baú de madeira, enterrado e concretado a dois metros de profundidade em uma casa em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. O Instituto Médico Legal (IML) identificou o corpo através da análise das digitais.

Junto com Bruno, Jeander Vinicius da Silva Braga, um garoto de programa, também foi preso em conexão com o crime. A Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) indiciou ambos pela morte da vítima e pela ocultação de seu cadáver.

A polícia acredita que a motivação para o crime teria sido uma disputa sobre um suposto papel de atuação que Bruno teria prometido ao ator em troca de R$ 20 mil. Quando Jeff começou a pressionar suspeito pela oportunidade de atuação que nunca se materializou, Bruno e Jeander teriam conspirado para assassinar a vítima.

Ambos os suspeitos negam as acusações, embora os advogados de Bruno tenham admitido que seu cliente ajudou a ocultar o corpo. Jeander também confessou ter ajudado a esconder o corpo, mas negou ter participado do assassinato.

A investigação continua com os dois fornecendo versões contraditórias dos eventos. Inicialmente, eles apontaram um terceiro indivíduo, identificado como Marcelo, como responsável pelo homicídio, mas a polícia descartou essa alegação.