Terrorista do Hezbollah que planejava ataque estava em SC

A prisão aconteceu nesta quarta-feira (8)

Terrorista do Hezbollah que planejava ataque estava em SC

Divulgação / Redes sociais

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A Polícia Federal (PF) realizou nesta quarta-feira (8) uma operação significativa, denominada "Trapiche", que resultou na prisão de brasileiros suspeitos de envolvimento em planos de terrorismo no país. Entre os detidos, um dos suspeitos estava retornando de Santa Catarina quando foi abordado pela PF. A operação incluiu o cumprimento de 11 mandados de busca e apreensão em Minas Gerais, São Paulo e no Distrito Federal.

A investigação teve início a partir de informações de inteligência fornecidas pelos governos de Israel e dos Estados Unidos, apontando para a suspeita de que brasileiros estavam sendo aliciados para realizar ataques terroristas. Os contatos eram feitos por comandantes do Hezbollah no Líbano.

Segundo as apurações, os indivíduos envolvidos realizaram recentes viagens a Beirute, onde teriam se encontrado com membros do Hezbollah. Nestas reuniões, teriam sido discutidos valores para colaboração em atos terroristas, alvos potenciais e recrutamento de executores para os planos.

Outro suspeito foi preso no Aeroporto Internacional de Guarulhos na terça-feira (7). As ordens judiciais expedidas são de prisão temporária por 30 dias, e ambos os detidos devem ser ouvidos pela PF ainda nesta quarta-feira.

Além desses, foram emitidas outras duas ordens de prisão contra brasileiros no Líbano, que possuem dupla nacionalidade. Estes nomes foram comunicados à Interpol.

Durante a operação, foram apreendidos celulares, computadores, agendas e anotações, fundamentais para o avanço das investigações. Essas apurações também indicam que os suspeitos no Brasil já estavam recrutando mais pessoas para concretizar os planos de ataques.

Os envolvidos nessas atividades de recrutamento ou como possíveis executores dos atos de terrorismo podem enfrentar penas de até 15 anos e seis meses de prisão, conforme estabelecido pela Lei Antiterrorismo do Brasil, que classifica tais crimes como hediondos, com regime inicial fechado e sem prescrição.