Toque de Recolher: Prefeitura de Rio do Sul age contra passeios em áreas alagadas com novo decreto

Pessoas flagradas nas ruas de Rio do Sul na madrugada deverão apresentar justificativa; ação surge após enchente afetar mais de 11 mil moradores

Toque de Recolher: Prefeitura de Rio do Sul age contra passeios em áreas alagadas com novo decreto

DIVULGAÇÃO / PMSC

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Em resposta às recentes enchentes que devastaram Rio do Sul, a prefeitura da cidade emitiu o Decreto Operação Presença nesta segunda-feira (9). A nova determinação restringe a circulação de pessoas nas ruas entre meia-noite e 6h. Aqueles que estiverem fora de casa durante esse período terão de justificar sua presença às autoridades, visto que as forças de segurança intensificarão as rondas até às 22h.

Segundo o prefeito, José Thomé, a medida foi estabelecida após consenso entre as Polícias Militar e Civil e a Guarda Municipal durante reunião com o Grupo de Resposta e Ações Coordenadas (GRAC). O objetivo principal é coibir o "turismo de enchente", um fenômeno onde indivíduos aproveitam o caos para passear pelas áreas alagadas.

José Thomé, manifestou sua preocupação com essa situação: "É inadmissível pessoas utilizando veículos 4X4 para 'passear' pela cidade alagada. Buscamos manter a ordem, protegendo aqueles que estão nos abrigos e as casas que estão acolhendo os desalojados".

Como parte do esforço para garantir a segurança, a cavalaria da Polícia Militar foi acionada para intensificar a vigilância. Além das áreas inundadas, rondas serão realizadas em toda a cidade para prevenir furtos e atos de vandalismo.

Renato Abreu, diretor da Defesa Civil, ressaltou que, apesar das restrições, a empatia deve prevalecer. "Sabemos que muitos trabalhadores precisam estar nas ruas, mas pedimos a compreensão de todos. Essas medidas são essenciais para garantir a segurança da população", afirmou.

Atualmente, Rio do Sul enfrenta uma das mais severas inundações de sua história. O rio Itajaí-açu alcançou a marca de 10,89 metros, classificando este evento como a quinta maior enchente registrada desde 1911. A calamidade afetou aproximadamente 4.087 residências, desalojando cerca de 11.852 pessoas. Até o momento, 386 famílias, totalizando 1.228 indivíduos, encontram-se em 22 abrigos provisórios estabelecidos na cidade.