Trabalhadores e adolescentes são resgatados em condições de trabalho escravo em SC

As autoridades descobriram que eles trabalhavam descalços e com as próprias roupas, em temperaturas baixas, cerca de 6°C

Trabalhadores e adolescentes são resgatados em condições de trabalho escravo em SC

Divulgação / Redes sociais

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A Polícia Federal, em parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), realizou uma operação para investigar e combater a prática de trabalho análogo à escravidão nos municípios de Água Doce (SC) e General Carneiro (PR). Durante a ação, que ocorreu nos dias 13 e 14 de junho, foram identificados casos de trabalhadores submetidos a condições degradantes na colheita de batatas.

Três trabalhadores, oriundos do Maranhão, Pernambuco e Goiás, foram encontrados realizando a atividade sem o uso de equipamentos de proteção individual e em condições precárias de trabalho.

Além disso, os trabalhadores enfrentavam uma jornada exaustiva, que se estendia por longas horas do dia, e os alojamentos disponibilizados apresentavam diversas irregularidades.

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A operação também revelou a presença de trabalhadores sem registro em carteira e a ocorrência de trabalho infantil. Dois adolescentes, com idades entre 16 e 17 anos, estavam trabalhando na colheita de batatas, atividade considerada como uma das piores formas de trabalho infantil.

Os responsáveis por essas práticas criminosas serão indiciados pelo crime de Redução a condição análoga à de escravo, previsto no Código Penal, e poderão enfrentar penas de reclusão de 2 a 8 anos.

A ação teve como objetivo resgatar os trabalhadores em situação de vulnerabilidade e garantir a responsabilização dos envolvidos nesses crimes.