Maior escola de Itapema receberá 900 alunos com condição precária

Professores e profissionais que trabalham na unidade de ensino garantem que não há ar condicionado e sequer ventiladores para ajudar a amenizar o calor escaldante.

Maior escola de Itapema receberá 900 alunos com condição precária

Divulgação

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A condição caótica da estrutura da principal unidade de ensino de Itapema gerou, mais uma vez, reclamações por parte do corpo docente. As reivindicações dos profissionais da Escola Estadual Anita Garibaldi ocorrem há vários anos, enquanto a situação só piora.

Na próxima quarta-feira (8), os alunos retornam para o colégio, mas, enquanto isso, os professores iniciam a preparação para o ano letivo. Enquanto isso, os problemas se acumulam. Um deles é o calor. Com temperaturas na casa dos 30ºC, não há um aparelho de ar condicionado funcionando, permitindo um ambiente agradável aos estudantes. Em algumas salas, inclusive, sequer possuem ventilador.

Ao Visor Notícias, o professor de biologia Claudinei Schimanko, que leciona há 20 anos na escola, as instalações pioraram durante o período da pandemia. “Temos passado por uma situação mais complexa do que sempre foi. A partir desse período [da pandemia], os aparelhos não puderam mais ser utilizados e não houve nenhum tipo de manutenção, afirmou o educador.

PROTESTOS

Em 2022, funcionários, alunos e pais se mobilizaram e realizaram um protesto. O movimento resultou em obras de melhorias na escola, mas que não solucionaram completamente os problemas. Janelas foram trocadas, pisos em algumas salas e banheiros. No entanto, a fiação não foi reparada, apesar da promessa do Governo do Estado.

SEM INTERNET

Além de toda a negligência com a parte estrutural, ainda há falta de internet. “A nossa escola não tem internet disponível. Então, a gente não pode passar pesquisas, trabalhos, materiais didáticos ou fazer uma aula com qualquer material online, a não ser que o professor e os alunos desembolsem essa internet do próprio bolso”, explica o professor.

A diretora da Anita Garibaldi, Sidonete Marlene Borba, confirmou que está preocupada com a condição, principalmente pela grande quantidade de alunos que retornam na próxima semana. “São cerca de 900 alunos e 60 professores. Nossa preocupação é iniciar o ano dessa maneira. Ninguém aguenta esse calor escaldante. A impressão que dá é de que fomos abandonados”, desabafa.