Divulgação / Cid Guedes
No WhatsApp do JR tem notícia toda hora! Clique aqui para acessar.
A cidade de Gramado, na Serra do Rio Grande do Sul, enfrenta uma situação alarmante após o surgimento de rachaduras no solo em diversos bairros, consequência das chuvas intensas que atingem a região desde o último fim de semana. Dezenas de moradores foram obrigados a deixar suas casas devido ao risco iminente.
No bairro Três Pinheiros, a situação é particularmente grave, com a evacuação completa dos moradores. A Defesa Civil do município e a prefeitura alertam para o risco de um prédio desmoronar a qualquer instante. Áreas dos bairros Piratini, Planalto e Linha Caboclo também foram interditadas devido à contínua movimentação do solo e ao aparecimento de novas rachaduras.
O cenário se agravou com o trágico deslizamento ocorrido no sábado (18) na localidade de Linha Marcondes Baixa, em Gramado, que resultou na morte de Elisabeta Maria Benisch Ponath, de 51 anos, e de sua mãe, Lidowina Lehnen, de 86 anos. Duas outras pessoas que residiam no local conseguiram sobreviver ao soterramento.
O ponto mais crítico encontra-se em um condomínio de casas no bairro Três Pinheiros, onde um prédio sobre um morro está condenado, ameaçando ruir a qualquer momento. A instabilidade do solo impede a implosão da edificação sem riscos de danos maiores.
Todos os habitantes do bairro já foram evacuados, com 31 pessoas abrigadas no ginásio da Escola Senador Salgado Filho e outras acomodadas em residências de familiares e conhecidos.
A Defesa Civil de Gramado, em conjunto com técnicos e geólogos, continua monitorando a situação para avaliar os riscos. Nesta quarta-feira, o Serviço Geológico do Brasil realizou uma avaliação nas áreas mais afetadas, incluindo o bairro Três Pinheiros e a Ladeira das Azaleias, no bairro Planalto. Um relatório será elaborado para orientar as decisões do município quanto às próximas ações a serem tomadas.