DIVUGAÇÃO
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A desembargadora Cinthia Bittencourt Schaefer determinou, na tarde desta quinta-feira (26), a soltura do prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, e de outros 11 acusados, que estavam presos preventivamente por envolvimento no caso de fraude em licitações e corrupção no setor funerário da cidade. A decisão ocorre após nova análise do processo e a apresentação de novos elementos pelas defesas.
De acordo com a Justiça, mesmo com a gravidade das acusações, as prisões preventivas não se justificavam mais. No entanto, os acusados deverão cumprir medidas cautelares. Salvaro e os demais ficarão sob monitoramento eletrônico por 90 dias, não poderão exercer funções públicas por 120 dias e estão proibidos de acessar a Prefeitura e manter contato com outros envolvidos no processo.
A operação Caronte, coordenada pelo Ministério Público de Santa Catarina, investiga a formação de uma organização criminosa que fraudava licitações do serviço funerário em Criciúma. O esquema envolvia servidores públicos e empresários do setor, que, supostamente, manipulavam contratos para beneficiar empresas específicas.
Clésio Salvaro foi acusado de participação no núcleo público da organização, mas sem imputação direta de crimes de corrupção, concentrando as acusações em fraude em licitações e conluio. A investigação sugere que o prefeito estava ciente das práticas ilícitas desde a deflagração da primeira fase da operação, levando à sua prisão na segunda fase, que incluiu interceptações telefônicas e buscas.
A soltura do prefeito e dos demais acusados levanta polêmica, especialmente em relação ao tratamento recebido enquanto estavam presos. Relatos apontam que os detidos foram colocados em celas destinadas a membros de facções criminosas, sem qualquer justificativa legal. A desembargadora Schaefer destacou a gravidade dessa situação e determinou a abertura de investigação para apurar possíveis irregularidades na alocação dos presos.
A decisão judicial, apesar de revogar as prisões preventivas, mantém os investigados sob rigoroso controle, proibindo-os de conceder entrevistas e utilizar redes sociais durante o período de monitoração. O caso continua em andamento, enquanto as defesas buscam contestar as provas apresentadas pela acusação.