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A cidade de São Luiz Gonzaga, no Rio Grande do Sul, viveu uma noite de terror no último sábado (15), quando uma "microexplosão" atingiu o município de 34,7 mil habitantes, afetando diretamente 15 mil pessoas e deixando 1,2 mil imóveis danificados. O fenômeno, que ocorre quando uma nuvem cumulonimbus libera uma quantidade intensa de chuva em um curto período de tempo, trouxe grandes transtornos e destruição à cidade.
De acordo com a Defesa Civil, a tempestade causou danos significativos em quatro escolas, dois postos de saúde, na sede da Secretaria da Saúde e em um museu. O prefeito Sidney Brondani (PP) afirmou que o município deve decretar situação de emergência devido aos estragos. Uma pessoa se feriu ao tentar proteger sua casa com uma lona durante a tempestade. Além dos danos às estruturas, árvores foram derrubadas e um carro foi atingido por um poste, resultando em falta de energia em diversos pontos da cidade.
A precipitação acumulada em São Luiz Gonzaga foi de 14,8 milímetros durante o pico da tempestade, com um total de 33,6 milímetros nas últimas horas. A temperatura no município variou em torno de 19°C durante o evento.
Enquanto isso, em Santa Catarina, a situação é igualmente preocupante. O Litoral Sul do estado enfrenta chuvas persistentes e intensas, com Araranguá em alerta vermelho. Balneário Gaivota, Sombrio, Passo de Torres, Santa Rosa do Sul e São João do Sul estão sob risco máximo de deslizamentos. As chuvas nas últimas 24 horas foram especialmente severas em Praia Grande, onde o acumulado chegou a 262,8 milímetros, e em Balneário Gaivota, com 162,8 milímetros.
A tarde deste domingo (16) continuou com a presença de nuvens em várias regiões do estado, com as chuvas mais intensas concentradas no Litoral Sul. Essas instabilidades estão associadas a uma frente fria estacionária entre o norte do Rio Grande do Sul e o Paraguai. As temperaturas variaram entre 12°C na Serra e 23°C nas demais regiões, com ventos moderados e rajadas entre 40 e 60 km/h em alguns trechos.
Nas próximas horas, a previsão é de que as chuvas continuem ganhando força no Grande Oeste, especialmente no Extremo Oeste e nas áreas próximas à Argentina, Paraná e Rio Grande do Sul, onde devem ocorrer de forma intensa e persistente. No Litoral Sul, a tendência é de que a chuva perca intensidade gradualmente, mas o risco de alagamentos e deslizamentos ainda permanece elevado.
A Defesa Civil de Santa Catarina reforça os alertas para tempestades e solicita que qualquer problema seja comunicado às coordenadorias municipais de Defesa Civil através dos telefones de emergência 199 ou Corpo de Bombeiros 193. A população deve permanecer atenta às atualizações e seguir as orientações de segurança para evitar maiores danos e garantir a proteção de todos.