Corrupção e organização criminosa: MP pede condenação de vereador em SC

Ministério Público afirma que prova dos autos é irretorquível e prova que os envolvidos criaram um esquema criminoso de pagamento de propina

Corrupção e organização criminosa: MP pede condenação de vereador em SC

Jeferson chegou a ser preso em 2019, mas conseguiu o direito de responder em liberdade. Agora, Ministério Público apresentou alegações finais que podem resultar na condenação do político e policial penal

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Nesta semana, mais precisamente no dia 11 de março de 2024, o Ministério Público pediu a condenação de Jeferson Cardozo, vereador na cidade catarinense de Jaraguá do Sul e 3º Suplente de Deputado Estadual na ALESC, por envolvimento em corrupção e organização criminosa.


Jeferson Cardozo é associado à Uni School e atua na administração do CFC Sinal Verde, além de ser servidor público estadual como policial penal.

Segundo o Ministério Público, houve um esquema de pagamento regular de propina envolvendo funcionários públicos e empresários de autoescolas da região, com acusações específicas de manipulação em exames práticos para obtenção de CNH.


O esquema era coordenado por uma organização criminosa formada por proprietários de Centros de Formação de Condutores, que pagavam uma média de R$ 5,00 por exame ao examinador.

Os acusados tentaram justificar os pagamentos como "ajuda de custo", mas as investigações confirmaram que se tratava de corrupção para facilitar a obtenção de CNHs.


As provas no processo indicam a prática continuada de corrupção ativa e organização criminosa, levando à solicitação de condenação dos envolvidos.

Jeferson Cardozo teve a prisão preventiva decretada em 2019, durante a operação que investigava fraudes em autoescolas.

Apesar de ter sido anunciado como novo secretário de Administração Prisional de Santa Catarina em 2023, Cardozo não assumiu o cargo após a repercussão das notícias sobre sua prisão. 

A defesa de Jeferson Cardozo afirma sua inocência, argumentando que não houve condenação e que a prisão preventiva foi baseada em fundamentação equivocada.