Ameaças de ataques em escolas e extremismo geram apreensão no sul do Brasil

Autoridades detêm adolescentes envolvidos em planejamento de massacre escolar e posse de símbolos nazistas.

Ameaças de ataques em escolas e extremismo geram apreensão no sul do Brasil

Reprodução

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Na noite de terça-feira (11), um adolescente de 14 anos foi apreendido em Maquiné, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, após a polícia encontrar símbolos nazistas em sua casa. Os pais do menor foram presos por apologia ao nazismo, de acordo com a Polícia Civil. A investigação levou à residência após monitoramento das redes sociais do jovem e a obtenção de um mandado de busca e apreensão.

Os agentes apreenderam bandeiras com suásticas, gravuras de Hitler e Mussolini, além de facas, canivetes e uma arma de fogo falsa. O delegado Marco Antônio de Souza afirmou que os pais não poderiam alegar desconhecimento dos fatos, devido ao volume de material apreendido. Uma das bandeiras teria sido presenteada pelo pai ao filho.

Outro caso alarmante ocorreu em Londrina, no Paraná, em 3 de abril, quando um adolescente foi detido pela Polícia Civil após anunciar nas redes sociais planos de realizar um massacre em uma escola pública. O colégio não foi identificado.

De acordo com o delegado de Homicídios, João Reis, o adolescente havia sido abordado anteriormente pela Patrulha Escolar por outras ameaças. Na delegacia, ele alegou que seu perfil havia sido hackeado. Não havia um alvo específico, e o objetivo seria atingir o maior número possível de vítimas.

Os oficiais apreenderam o celular do adolescente para verificar possíveis conexões com grupos que planejam ataques semelhantes. Em 28 de março, outro adolescente foi detido, suspeito de estar armado dentro de um colégio estadual de Arapongas, no norte do estado. Ele negou a acusação, e a arma não foi encontrada pela polícia.

O tenente Renan Prado, comandante da Patrulha Escolar de Londrina, afirmou que o menor ficará internado provisoriamente. Ele ressaltou a semelhança entre a máscara encontrada com o adolescente e aquela usada por um aluno de 13 anos que matou uma professora a facadas e feriu outras quatro pessoas em uma escola da zona oeste de São Paulo.

Segundo Prado, informações sobre possíveis ataques em escolas são avaliadas pelo setor de inteligência da Polícia Militar, que atua em parceria com a Polícia Civil nesses casos.