Detento teria dado início a incêndio em Penitenciária de Florianópolis com uma lampada

No caso, a ala atingida era destinada a detentos LGBTQIA+. Três homens morreram durante o ocorrido.

Detento teria dado início a incêndio em Penitenciária de Florianópolis com uma lampada

Reprodução/ SCC10

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Análise do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, divulgada nesta sexta-feira (24), revela que um detento é o responsável pelo incêndio na Penitenciária de Florianópolis ocorrido no dia 15 de fevereiro. Ele teria iniciado o fogo com uma lâmpada da cela, que foi jogada em um colchão para espalhar as chamas.

De acordo com a análise, a possibilidade de o incêndio ter iniciado por fenômenos naturais ou por alguma combustão espontânea foi descartada pelos peritos, já que não encontraram nenhum vestígio de materiais que pudessem entrar em combustão sem uma fonte de calor.

O incêndio causou muita fumaça, resultando na morte de três detentos da cela 22 e hospitalizando outros 43. Em relação aos prejuízos materiais, a perícia mostra que foram apenas três colchões e a roupa de cama queimados, não havendo danos à estrutura do Complexo Penitenciário.

O fogo foi registrado na ala de adaptação da Penitenciária de Florianópolis, na Agronômica, por volta das 12h33 da última quarta-feira (15). Equipes do Corpo de Bombeiros Militar, do Samu, da Polícia Civil e outras equipes foram acionadas para a ocorrência. As vítimas foram retiradas inconscientes das celas pelos bombeiros, e os óbitos foram confirmados pelo Samu.

O Governo do Estado, juntamente com os Bombeiros Militares, a Secretaria da Administração Prisional, a Polícia Militar e a Polícia Científica, atuaram rapidamente para combater o fogo, descobrir a causa do incêndio, identificar as vítimas e prestar socorro a qualquer outro apenado que possa ter sido afetado pela ocorrência, conforme afirmado em nota pela Secretaria de Estado da Administração Prisional e Socioeducativa.

ALA ERA DESTINADA A DETENTOS LGBTQIA+

A Secretaria de Estado da Administração Prisional e Socioeducativa (SAP) confirmou que a ala atingida pelo incêndio na Penitenciária de Florianópolis custodiava a população LGBTQIA+.

A confirmação foi feita após o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) solicitar ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) a verificação da informação.

Confira a nota da SAP:

“A ala onde aconteceu o incêndio é uma ala de adaptação, área temporária para realocação dos detentos em suas determinadas alas posteriores. No caso dos três que morreram na cela, todos eram LGBTQIA+, que seriam realocados no dia 16 para a galera de LGBTQIA+. A ala de adaptação serve como uma espécie de “triagem temporária”. Os reclusos da cela 22, local onde aconteceu o incêndio, estavam alocados juntos por terem solicitado o mesmo convívio.”