Escolas de Tijucas começam a receber policiais armados

Após a tragédia em Blumenau, Santa Catarina adotou medida pioneira para garantir a segurança nas escolas

Escolas de Tijucas começam a receber policiais armados

Reprodução / Renato Laurindo / JR

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Tijucas está adotando medidas inéditas para garantir a segurança em suas escolas estaduais. No embalo do programa "Escola Mais Segura", lançado pelo governo do Estado após o trágico massacre em uma escola de Blumenau, policiais armados estão começando a ser alocados nas instituições de ensino.

O programa Escola Mais Segura, aprovado pela Alesc (Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina) em 19 de maio, prevê a contratação de policiais militares do Corpo Temporário de Inativos da Segurança Pública (CTISP), e de bombeiros da reserva, para a segurança das escolas.

A escola Olívia Bastos, localizada na Nova Descoberta, é uma das primeiras a receber esse novo reforço na segurança. Nela, atua o policial Ludovico, uma figura muito respeitada na comunidade tijuquense, que se prontificou a trabalhar para garantir a segurança dos estudantes e a tranquilidade de pais e professores.

No entanto, o programa tem encontrado desafios. Uma dificuldade inesperada tem sido a falta de adesão por parte dos policiais aposentados, previstos como parte fundamental da iniciativa. Uma fonte policial revelou ao Jornal Razão que muitos ex-policiais preferem aproveitar a aposentadoria ou se dedicar a outras atividades profissionais. Outros expressam interesse em trabalhar na Assembleia Legislativa ou em outros órgãos do poder público, ao invés de retornarem à linha de frente da segurança. Além disso, a questão da saúde também é um obstáculo para alguns.

O cenário é ainda mais complicado para os bombeiros da reserva, que não possuem porte de arma e, portanto, precisariam passar por todo um processo de treinamento e habilitação, que é longo e demorado.

"Bem menos voluntários do que se esperava. Não houve a adesão de policiais aposentados em número suficiente, mas estão sendo realizadas diversas ações, na operação denominada escola mais segura", informou uma fonte ao Jornal Razão.

O setor de segurança está sendo desafiado a pensar em alternativas, para superar esses obstáculos e assegurar que o programa "Escola Mais Segura" alcance seu objetivo principal: proporcionar um ambiente seguro para estudantes, professores e funcionários nas escolas de Santa Catarina. As respostas e soluções ainda estão sendo construídas, mas a iniciativa de Tijucas é um primeiro passo promissor nesta direção.