Lavação de veículos em Porto Belo é alvo de denúncia sobre trabalho escravo

Quatro funcionários trabalham 12h por dia, sem descanso, banheiro ou cozinha. A diária é de R$ 50

Lavação de veículos em Porto Belo é alvo de denúncia sobre trabalho escravo

Reprodução/ Diarinho

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Uma lavação de veículos em Porto Belo está sendo alvo de uma denúncia sobre suposta prática de trabalho escravo contra quatro funcionários. Eles não seriam registrados e estariam submetidos a condições precárias de trabalho. As informações são do Diarinho.

Segundo denúncias, os trabalhadores eram de Chapecó e Itapiranga,  e começaram a atuar no local após se inscreverem em vagas anunciadas nas redes sociais.

Lá, eles foram surpreendidos pelas condições. De acordo com denúncias, os funcionários eram explorados com mais de 12 horas de trabalho por dia (de 7h às 19h), sendo a diária de R$ 50 (sem descanso semanal).

Além disso, a localidade não conta com refeitório, cozinha e banheiro. Lá, eles têm apenas um espaço improvisado para banho, com latas e um estrado de madeira para não molhar o chão. 

O lugar também não conta com locais para os trabalhadores dormirem. Um deles estaria vivendo num carro, enquanto o outro, ainda conforme relatos, dormia na oficina alugada do posto, em meio à graxa. Um terceiro empregado estaria morando num trailer em condições insalubres.

E não para por aí. De acordo com a denúncia, os homens estariam sendo constantemente humilhados pelo dono do estabelecimento. Eles não têm horário de almoço, tampouco ganham alimentação. Caso quisessem comer, os mesmos deveriam fazer a comida em uma cozinha improvisada junto a um dormitório.

A imprensa tentou contato com a proprietária da lavação, mas não obteve retorno. Questionada, a Polícia Civil informou que não recebeu nenhuma denúncia formal sobre o caso.

Santa Catarina é um dos principais estados com registros e denúncias de trabalho análogo à escravidão. Em 2021, o estado registrou o maior número de denúncias em seis anos e figurou como principal destino de trabalhadores traficados. Em 2022, o estado ficou em 10º lugar no ranking nacional de trabalhadores resgatados (58 pessoas). Ao longo do ano, foram quatro operações de resgate.





Fonte: Diarinho