'Não havia flagrante ou mandado de prisão', diz delegado sobre soltura de suspeito de estupro

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'Não havia flagrante ou mandado de prisão', diz delegado sobre soltura de suspeito de estupro

SSP/Divulgação

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O delegado regional de Polícia Civil de Blumenau, Rodrigo Marchetti, prestou um esclarecimento sobre a liberação do suspeito de ter estuprado uma criança de 3 anos em Major Gercino.

O motorista foi encontrado na casa de parentes, em Blumenau, após denúncias e foi detido pela Polícia Militar na noite desta terça-feira (24).

Segundo Marchetti, não havia provas ou motivação jurídica para manter o homem preso. "Não havia flagrante ou mandado de prisão em aberto. Ele não praticou nenhum crime aqui em Blumenau que motivasse a prisão", afirma o delegado regional.

Em suas redes sociais, o delegado Ronnie Esteves, coordenador da Divisão de Investigação Criminal (DIC), classificou como fake news a matéria publicada pelo Jornal Razão a respeito da liberação do suspeito na Delegacia de Blumenau.

A notícia foi publicada originalmente pela Rádio Clube e teve as informações replicadas pelo Jornal Razão, em matéria publicada no início da manhã desta quarta-feira (25).

Em sua postagem, o delegado Ronnie reforçou o fato de que o auto de prisão não foi lavrado pela Polícia Civil por não haver ordem de prisão nem situação de flagrante delito.

Entretanto, espanta-nos o fato de o delegado repostar a matéria do Jornal Razão em sua rede social, classificando-a como "fake news".

Tal atitude se assemelha mais a uma disputa sobre emparelhamento dentro das instituições policiais - PM e PC - que já existe há muito tempo.

Neste caso, culpou-se o mensageiro e não a mensagem. Desta forma, a matéria publicada anteriormente não se trata de fake news, já que, de fato, o motorista foi autuado pela PM e levado à Delegacia.

Sobre o caso

A denúncia sobre o abuso sexual contra a criança de 3 anos foi feita na última quinta-feira (19), após relato da própria menina à professora da escola Monsenhor José Locks.

O atraso da criança, que sempre chegava uma hora mais cedo à escola, causou desconfiança na equipe escolar.

Quando chegou, meia hora atrasada, ela estava com o comportamento diferente do habitual.

A menina disse à professora que estava sentindo dores, relatou ter sido vítima de abuso sexual enquanto era levada pelo motorista para a escola. O homem teria passado a mão nas partes íntimas da criança.

A Secretaria de Educação e o Conselho Tutelar foram acionados e a família registrou Boletim de Ocorrência (BO) na Delegacia de Polícia Civil de São João Batista.

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil e o resultado do laudo pericial deve ser divulgado nos próximos dias.