Professora acusada de torturar crianças em creche é presa em SC

As vítimas tinham idades entre um e dois anos

Professora acusada de torturar crianças em creche é presa em SC

Divulgação / Redes sociais

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Nesta terça-feira (7), a Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Delegacia de Capturas da Diretoria Estadual de Investigações Criminais, cumpriu, na cidade de Governador Celso Ramos, mandado de prisão em desfavor de uma mulher pelo crime de tortura, previsto na Lei 9.455, arts 1°, II. A sentença condenatória de 12 anos foi expedida pela 2° Vara Criminal de Erechim do Rio Grande do Sul.

O fato criminoso trata-se de tortura praticada em berçário contra crianças entre um e dois anos de idade, em uma instituição infantil, na cidade de Erechim. As penas foram aumentadas por se tratar de funcionária pública e devido ao fato do crime ter sido praticado contra crianças do berçário da escola.

Após a identificação do local onde a mulher se encontrava, na cidade de Governador Celso Ramos, os policiais civis se deslocaram até o local e realizaram a prisão. A presa aguarda recambiamento para o estado do Rio Grande do Sul, onde deverá responder pelo crime praticado.


A descoberta dos fatos

De acordo com os pais, a direção da escola Doutora Vera Beatriz Sass, que fica no bairro Paiol Grande, emitiu um comunicado logo após a gravação das imagens, informando os pais da mudança de professores no monitoramento das crianças.

“A partir de então começaram os boatos em redes sociais sobre possibilidades, mas nós não sabíamos de nada. A escola apenas avisou da mudança, mas não informou o motivo. A gente ficou sem saber o que fazer”, disse um dos pais.

“Havia uma desconfiança. Nossos filhos passaram a ter o mesmo sintoma. Ninguém mais queria ir para a escola, tinham medo das profes, até mesmo de entrar no micro, choravam muito, desesperadamente e simplesmente não queriam ficar com as profes. Nós questionávamos as profes e a direção, mas todos nos informaram que fazia parte do processo de adaptação, já que todos estavam indo à escola pela primeira vez”, disse Eliane Grando.

Todas as crianças agredidas faziam parte da turma do maternal, com idade entre 1 e 2 anos. Segundo os pais, não se sabe ao certo quantas crianças foram maltratadas. “Apenas três pais foram chamados para depor, pais que tiveram seus filhos agredidos. O problema é que todos apresentaram os mesmos sintomas, os mesmos medos. Isso nos leva a crer que mais crianças foram agredidas. Até porque, a nós, nos mostraram apenas uma parte dos vídeos. O intrigante é saber por que não vimos tudo, será que tem coisa ainda pior a ser descoberto por nós, pais?”, questiona Geraldine.