“Quem matou Marielle?”: delação premiada revela mistério

Declarações foram confirmadas pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, em Brasília, nesta segunda (24)

“Quem matou Marielle?”: delação premiada revela mistério

Arquivo/ imagem ilustrativa

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O ex-policial militar Élcio de Queiroz confessou, durante um acordo de delação premiada com a Polícia Federal e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), que conduziu o carro no ataque que resultou na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em 2018. Além disso, ele apontou que o ex-policial reformado Ronnie Lessa, ex-vizinho do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi quem disparou os tiros fatais. As declarações, já homologadas pela justiça, foram confirmadas pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, em Brasília. Queiroz está preso desde 2019.

Segundo Queiroz, o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel e preso nesta segunda-feira (24), teria participado dos preparativos para o crime, realizando campanas para vigiar a vereadora. Originalmente, Suel teria participado da emboscada, mas acabou sendo substituído por Queiroz.

O ministro Dino adiantou que as revelações de Queiroz geraram novas evidências, resultando em novas frentes de investigação do caso que tem atraído atenção nacional e internacional desde que ocorreu. O caso foi federalizado em fevereiro.

Na manhã desta segunda-feira (24), além da prisão preventiva de Maxwell Simões Corrêa, foram cumpridos outros sete mandados de busca e apreensão na cidade do Rio de Janeiro e região metropolitana.

De acordo com Dino, essas operações estão diretamente relacionadas à delação de Queiroz e, provavelmente, resultarão na produção de novas evidências nas próximas semanas.

Marielle Franco e Anderson Gomes foram assassinados na noite de 14 de março de 2018. Embora partes do crime tenham sido desvendadas, os mandantes e a motivação por trás dos assassinatos permanecem desconhecidos.